Em entrevista exclusiva, Fernanda Sawczyn, diretora executiva da SawczynPrev Corretora de Seguros, garante que o papel corretor é fundamental na cultura financeira dos brasileiros
Diante dos problemas econômicos e sociais durante esses dois anos, grande parte da população brasileira, não muito habituada ao conceito do seguro, sentiu na pele os desafios impostos pela pandemia. Enquanto o número de mortes crescia nesse período, donos de pequenas e médias empresas, sem o fluxo financeiro de antes, viram seu negócio ruir à medida que a Covid-19 se espalhava pelo país.
Esse cenário, segundo Fernanda Sawczyn, diretora executiva da SawczynPrev Corretora de Seguros, mostrou como o ser humano é vulnerável. Por isso, de acordo com a executiva, o sentimento de proteção financeira e familiar aumentou em grande escala.
Embora a crise sanitária tenha mudado a percepção de milhares de brasileiros sobre educação financeira, Fernanda lembra que antes dela já havia certa movimentação nesse segmento. “Em 2019, houve 10% de crescimento na contratação de seguros de pessoas. A população brasileira, mesmo que aos poucos, está entendendo a importância da proteção financeira e planejamento financeiro para o bem-estar próprio e de sua família”.
Confira a entrevista completa com a diretora da SawczynPrev, corretora de seguros especializada em proteção familiar, empresarial e financeira.
Seguro Nova Digital – Você acredita que, com a pandemia, a percepção da proteção financeira e familiar ficou maior?
Fernanda Sawczyn – Com certeza. Com a pandemia foi possível conferir de perto o quão nossos sonhos, conquistas e nós mesmos somos vulneráveis. Quantas famílias poderiam estar tranquilas financeiramente após perder alguém importante ou quantas pessoas poderiam ter sido salvas por ter recurso financeiro para tratar o Covid-19? Assim, o sentimento de necessidade de proteção financeira e familiar aumentou, resgatando que a cultura de seguros no Brasil ainda tem muito a crescer e está no caminho.
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S.N.D – Mesmo antes da crise sanitária, o seguro de vida vinha em constante crescimento no Brasil. Como isso foi possível?
F.S – Em 2019, houve 10% de crescimento na contratação de seguros de pessoas. A população brasileira, mesmo que aos poucos, está entendendo a importância da proteção financeira e planejamento financeiro para o bem-estar próprio e de sua família. Isso garante acesso a uma qualidade de vida, sem precisar se preocupar caso imprevistos aconteçam e estejam despreparados para solucionar. Seguro de vida é um ato de amor.
S.N.D – A baixa distribuição de renda no país é um problema ainda longe de ser resolvido. O interesse em investimento, no entanto, vem crescendo entre os brasileiros. Hoje o mercado dispõe de produtos que cabem no bolso de diferentes públicos?
F.S – Nos últimos 3 anos, o mercado segurador começou a se movimentar em direção à inovação, tecnologia e novos produtos. Com o crescimento das insurtechs no Brasil, as seguradoras também entraram na mesma dança. Somando os dois cenários, hoje há produtos com diversas coberturas e para diversos públicos, notícia que revela o aumento do interesse da população.
S.N.D – 98% das empresas no país são de pequeno até médio porte. Na pandemia muitas delas fecharam. Como aumentar a penetração do seguro nesse setor que tem grande participação na economia?
F.S – Nos Estados Unidos, a grande maioria dos americanos preferem ter seguro de tudo e ficar sem economias do que deixar na sorte. Pra eles o pensamento é: ‘se já é ruim com seguro, imagina sem’. Aqui não deve ser diferente. Hoje existem produtos específicos para pequenas e médias empresas em vários ramos. O ideal é estudar quais produtos pode-se oferecer e fazer uma consultoria com cada empresa, entendendo as necessidades e dores e apresentando a melhor solução que se encaixe no perfil do cliente.
S.N.D – Como você analisa a importância do corretor de seguros no desenvolvimento do setor de seguro de pessoas?
F.S – O papel do corretor de seguros é social e fundamental. As pessoas não têm grande conhecimento sobre o quanto seguro de pessoas é fantástico pois as informações não são passadas de forma adequada e constante, sem contar o tabu. É nosso dever informar a sociedade sobre os incríveis benefícios do seguro de pessoas, que é uma esperança de um recomeço. E quando acontece, cria-se uma relação genuína com os interessados, afinal de contas, o corretor de seguros é o protetor daquela família. Quanto mais explorado e divulgado esse setor for por parte dos corretes de seguros, mais desenvolvido será e mais famílias brasileiras ficarão protegidas de péssimas imprevistas situações.
Leia, por fim, a 19ª edição da revista: