Um dos setores que mais tiveram impacto com a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi o da saúde. Em abril de 2021, o relatório “Vazamento de Dados no Brasil”, desenvolvido pela Axur, empresa especialista em monitoramento de riscos digitais, revelou que 3,75 bilhões de registros foram expostos no Brasil nos três primeiros meses de 2021. Destes, 243 milhões foram informações relevantes de pessoas físicas.
A Inpart Saúde, primeira plataforma SaaS especializada em OPME no Brasil, é um elo de ligação entre operadoras de saúde, hospitais, clínicas e grandes fornecedores, fabricantes e distribuidores. Logo, a gestora possui dados importantes de clientes e pacientes para oferecer o melhor serviço em todas as frentes.
Em entrevista à SND, Alexandre Almeida, que é gerente da Inpart Saúde, explicou quais as ações da empresa para diminuir os riscos de vazamento de dados, já que todas as companhias estão sujeitas ao risco.
Seguro Nova Digital – A matéria prima da Inpart Saúde são os dados dos pacientes. Por meio deles, a companhia consegue conectar hospitais a prestadores, por exemplo. Qual é o nível de segurança que a gestora trata das informações dos clientes?
Alexandre Almeida – Sabemos da responsabilidade que temos em cima dos dados que trafegam em nossa plataforma e por isso estamos em constante aprimoramento em cima da segurança da informação.
S.N.D – E de que maneira essa segurança é feita?
A.A – Tanto por meios lógicos usando tecnologias que criptografam informações, certificados digitais garantindo as transações e demais ferramentas de proteção, quanto por meios físicos tendo como prioridade proteger os dados dos nossos clientes.
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S.N.D – Até que ponto a implementação da LGPD no Brasil impactou nas operações da Inpart?
A.A – Podemos dizer que saímos na frente em relação a implantação da LGPD, entramos em conformidade antes mesmo da lei entrar em vigor no Brasil. O impacto foi bem positivo pois conseguimos aumentar ainda mais a segurança da informação assim como a credibilidade fornecida aos nossos clientes, principalmente no período da pandemia no qual os riscos potencializaram em virtude do “home-office” e mantivemos a cultura organizacional, garantindo a segurança dos nossos colaboradores e dos dados.

S.N.D – Durante uma live recente promovida pela Seguro Nova Digital, a advogada especialista em segurança de dados, Dra. Ingrid Soares, afirmou que nenhuma empresa está 100% protegida. Você concorda com essa afirmação?
A.A – Sistemas são seguros, mas não invulneráveis, está tudo diretamente ligado a estruturação e condizente ao preparo dos usuários credenciados.
S.N.D – Sabendo que todas empresas estão sujeitas a ataques cibernéticos, como pelo menos mitigar a exposição desses dados?
A.A. – Sabemos que boa parte do vazamento de informações decorre de colaboradores. Por isso, temos processos internos bem estruturados, além da segurança que nosso Data Center proporciona.
S.N.D – E o que a Inpart Saúde vem fazendo para diminuir esses riscos?
A.A – Investimos bastante em cibersegurança, temos planos de contenção bem estabelecidos, os riscos são monitorados regularmente através de ferramentas, temos backups das informações em locais diferentes, nosso controle de acesso aos dados é bem restrito e controlado, estamos constantemente realizando atualizações de segurança assim como em reciclagem aos nossos colaboradores quanto a política de segurança da informação e código de privacidade e proteção dos dados.
Leia, por fim, a 23ª edição da revista: