80% dos executivos de seguros concordam que o Open Insurance vai transformar o mercado, revela estudo

80% dos executivos de seguros concordam que o Open Insurance vai transformar o mercado, revela estudo

Raquel Gaudêncio, Superintendente Executiva da Brasilseg; Rodrigo Ventura, fundador da 88i Seguradora Digital e Gustavo Leança, líder de soluções para seguros da Capgemini  (Foto: Edu Vianna e Piti).

Os primeiros impactos vão ser sentidos a partir de 2024, mostra pesquisa da Capgemini

Por: Sergio Vitor Guerra

Um estudo recente da consultoria Capgemini ouviu 61 executivos do mercado segurador brasileiro a fim de saber suas opiniões sobre os impactos do Open Insurance no Brasil. A pesquisa mostrou que a maioria concorda sobre uma transformação profunda do setor a partir de 2024. O levantamento norteou o debate no painel “Open Insurance como ponto de partida para inovação em seguros”, que aconteceu no Insurtech Brasil, evento que reuniu players do mercado segurador no dia 21 de junho, em São Paulo.

Gustavo Leança, líder de soluções para seguros da Capgemini, mediou o encontro, que também teve a participação de Rodrigo Ventura, fundador da 88i Seguradora Digital, e Raquel Gaudêncio, Superintendente Executiva da Brasilseg, empresa da BB Seguros.

O líder de seguros da Capgemini revelou que a maioria dos entrevistados concordaram sobre os segmentos que mais sentirão os efeitos desse fenômeno. “As carteiras de Vida, Auto e Massificados vão ser os ramos mais impactados pelo Open Insurance, segundo a maioria dos executivos”. Além disso, o estudo também mostrou que, inicialmente, os clientes vão ser pessoas físicas e as micros e pequenas empresas. “São hoje players participantes do mercado que têm menor poder de barganha entre as seguradoras”, destacou Gustavo.

Open Insurance: cliente protagonista

O cliente no centro dos negócios é um dos pilares para o avanço desse fenômeno no Brasil. Por meio do cruzamento de informações entre as empresas do setor, o segurado será responsável por escolher qual proteção se encaixa com o seu perfil. 

Segundo Raquel Gaudêncio, isso representa a terceira fase na linha do tempo do relacionamento entre companhias e clientes. “Inicialmente, as seguradoras adotavam o modelo de transferência de risco. Em seguida, o setor evoluiu para mitigação de riscos, na tentativa de minimizar as suas gravidades. Agora, há um incentivo de mudança comportamental dos clientes, e o Open Insurance vem na cola desse terceiro movimento, porque traz uma possibilidade de padronização para o cliente comparar os produtos e decidir qual tem mais a ver com o seu consumo”, explicou.

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Assim como o Open Banking, o sistema de seguros abertos é implementado por fases no país. Em dezembro de 2021, deu-se início à primeira etapa, e a expectativa é que a segunda comece em 1º de setembro de 2022. Já a terceira, e última, tem previsão de início em dezembro deste ano.

Um mar azul

Na contramão de diversos setores de produção econômica, o mercado segurador cresce dois dígitos anualmente. No entanto, a penetração desse segmento continua baixa. O seguro de vida, por exemplo, chegou em apenas 15% dos brasileiros. Já o seguro auto, considerado o mais popular do país, atingiu 30% da frota de veículos em 2022.

Com o Open Insurance, a expectativa é ampliar o acesso e a cultura do consumidor. Rodrigo Ventura lembra que a Superintendência de Seguros Privados (Susep) projeta dobrar o tamanho da participação do mercado no PIB nacional, que atualmente é de 3,7%. “Para fazer isso, estamos indo para o caminho digital, acessando uma população com menor poder aquisitivo”, destacou.

O fundador da 88i alertou que existem produtos pouco flexíveis no mercado, prejudicando o seu desenvolvimento nas camadas de baixa renda. Segundo ele, a capacidade de comparação de dados, um dos pilares do Open Insurance, é pouco quisto por algumas seguradoras. “Existe o medo do rouba monte entre as companhias. Porém, as insurtechs ignoram essa mentalidade e se preocupam somente com 80% das pessoas que nunca tiveram acesso ao seguro na vida”.

O executivo reforçou que seguradoras e insurtechs devem unir forças levando ao consumidor contratos com período de vigência flexíveis, seguros intermitentes, soluções que permitam o trabalho de co-seguros, “além de levar soluções mais inclusivas”, concluiu.

Leia, por fim, a 25ª edição da revista:







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