Após os primeiros aportes recebidos para o desenvolvimento da plataforma, a Picsel busca novos investidores e foca na contratação de capital intelectual e ampliação de seus serviços que reduzem riscos para a seguradoras e resseguradoras que atuam no mercado agro
Por: Ruralpress
Embora o seguro seja uma ferramenta importantíssima para mitigar os mais diversos riscos, no campo, esse recurso ainda é pouco utilizado em decorrência de diversos fatores. Entre eles: produtos com baixo nível de atendimento às necessidades dos produtores rurais, alto custo mesmo após subvenção, carência de dados de risco das propriedades, dificuldades operacionais, poucos corretores e peritos especializados e ainda atuação limitada das companhias tradicionais. Para acelerar a mudança deste cenário, a Picsel, uma insurtech especializada no agronegócio, desenvolveu uma plataforma digital baseada em inteligência artificial para potencializar as contratações, gerando ainda mais confiança para as seguradoras e resseguradoras.
Com a ferramenta testada e validada em mais de 30 milhões de hectares monitorados no Brasil, a empresa quer avançar ainda mais na ampliação e desburocratização do seguro rural. Para isso, anuncia que abrirá no início de 2023, uma nova rodada de investimentos, com foco comercial e contratação de capital intelectual. “A plataforma da Picsel continua em expansão e desenvolvimento. Os recursos que buscamos irão permitir a expansão para outras culturas agrícolas, a geração de novos produtos e outras modalidades de seguros, algo único e revolucionário no mercado de seguro rural”, diz Daniel Miquelluti, engenheiro agrônomo, doutor em economia aplicada e COO da insurtech.
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Embora a sua história seja recente, podemos dizer que a Picsel já nasceu grande, tendo origem no mundo acadêmico em meio às pesquisas científicas avançadas. Parte do seu desenvolvimento inicial, ou melhor, sua base científica começou com o aporte de recursos feitos, em 2020, pela Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (PIPE 1) no valor de R$ 212 mil. “Esse primeiro investimento nos permitiu dar o pontapé inicial para montar um algoritmo do estado da arte para a geração de dados, mensuração e precificação de risco agrícola, além da contratação de capital humano nas áreas de geotecnologia, modelagem agrometeorológica e data science”, destaca o executivo.
Com sua base estruturada, a empresa recebeu no ano seguinte (2021), mais um aporte dessa vez da Poli Angels, associação de investidores, empreendedores e empresários, fundada por ex-alunos da Poli-USP apaixonados por inovação e tecnologia. Com o montante de R$ 384 mil, iniciou-se o desenvolvimento do front end na forma de uma solução WebApp, contando com a parceria da Inmetrics, uma das principais empresas de tecnologia do país, para aprimoramento da plataforma com foco na escalabilidade da operação, na segurança cibernética e na integração aos sistemas das seguradoras via APIs.
Por se mostrar uma startup com um modelo de negócio único e inovador e uma solução realmente disruptiva, a Picsel recebeu ainda um segundo e terceiro aporte da Fapesp, de R$1,5 milhão e R$ 1,1 milhão (PIPE 2). “Todos estes recursos permitiram o aprimoramento tecnológico da plataforma. Se hoje temos uma das equipes mais qualificadas no mercado, com mestres e doutores compondo mais de 80% do nosso quadro, é graças aos investidores que acreditaram em nossa proposta de mudar o seguro rural”, destacou o COO. “Agora estamos trabalhando em uma nova rodada de investimentos nos próximos meses para acelerar ainda mais o negócio”, acrescentou.
Leia, por fim, a 27ª edição da revista: