Por: Tatiany Martins*
Artigo escrito originalmente para a 41ª edição da revista digital, publicada em referência ao Dia Internacional da Mulher.
Segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, após 24 meses do período de licença maternidade, mais da metade das mulheres não está mais no mercado de trabalho – padrão que se repete até 47 meses após a licença.
Como vice-presidente da Pitzi e mãe, minha trajetória foge a essa estatística, mas sei o desafio que é conciliar carreira e maternidade e sou grata por fazer parte de uma empresa que entende minhas necessidades, me permitindo participar de forma ativa na vida da minha filha. No entanto, infelizmente essa não é a realidade de muitas mulheres.
Apesar do aumento da participação feminina no mercado de trabalho, os cargos de liderança ainda são majoritariamente ocupados por homens. Em muitas situações, sou a única mulher em uma mesa de negociação, o que evidencia a necessidade de mais mulheres ocupando esses espaços.
É verdade quando dizem: nasce uma mãe, nasce uma culpa. E quando somos mães e executivas, a rotina pode ser ainda mais desafiadora. Sentimentos de inferioridade, ansiedade e falta de autoconfiança – a conhecida síndrome da impostora – são obstáculos recorrentes.
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Para superar esse tipo de dúvida sobre o próprio trabalho é fundamental receber o apoio dos pares e líderes e ser ouvida. Com o time que lidero, construí um ambiente de acolhimento e um relacionamento que vai além de líder e liderados; é uma relação de amizade. Além disso, ter um olhar empático é necessário para qualquer liderança, mas vejo como um forte diferencial na liderança feminina.
São muitos os benefícios de estimular a liderança feminina nas organizações. Contudo, para que mais mulheres possam trilhar esse caminho, é preciso que as empresas as apoiem, criando um ambiente de trabalho que permita o sucesso pessoal e profissional e reduzindo o impacto das jornadas duplas ou triplas das mulheres.
O caminho ainda é longo, mas acredito que juntos podemos construir um ambiente de trabalho mais empático, inclusivo e igualitário para todas as mães.
*Tatiany Martins é vice-presidente comercial e de marketing da Pitzi