Saúde suplementar: como melhorar a comunicação e aumentar a transparência?

Saúde suplementar: como melhorar a comunicação e aumentar a transparência?

Entrevista publicada originalmente na 42ª edição da revista.

Ter condições de pagar um plano de saúde privado é o desejo de boa parte dos brasileiros. Para 51 milhões de pessoas, esse investimento foi possível em 2023, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O número representa apenas um quarto da população, mas também um crescimento significativo em relação a outros períodos: de dezembro de 2022 a dezembro de 2023, o setor ganhou 957.197 beneficiários.

Embora o crescimento seja expressivo, o setor entende que ele tem condições de chegar a cada vez mais pessoas e torná-lo mais acessível e democrático para uma parte significativa da sociedade.

Na avaliação de Marcelo Reina, CEO da Brazil Health, uma das principais assessorias em planos de saúde e odontológico no Brasil, é preciso melhorar a qualidade da comunicação e aumentar ainda mais a transparência do setor. “É muito raro o conhecimento pleno de um segurado de como os planos são regidos”, conta o executivo em entrevista exclusiva para esta edição.

Seguro Nova Digital – Menos de um quarto da população brasileira é beneficiária de planos de saúde. Na sua avaliação, por que essa adesão ainda é baixa?

Marcelo Reina – O nosso modelo regulatório pode melhorar, sendo mais flexível para que possa sermais acessível e crescer ainda mais. Mesmo assim, houve um crescimento no número de beneficiários, superando a marca de 51 milhõesde beneficiários, segundo o último relatório da ANS.

O Brasil é um país com tamanho continental e, ao mesmo tempo, é muito diversificado. Assim, o contexto econômico, a cultura e a capacidade técnica de uma operadora ou hospital em determinada cidade mais afastada de grandes metrópoles precisam ser analisadas na construção de um plano de saúde, pois como pequenas cidades pelo país podem dispor de relevantes recursos para atender todo o peso técnico exigido na nossa regulamentação brasileira.

SND – Uma parcela significativa da população não tem plano de saúde por causa do preço. Existe uma alternativa?

MR – Penso que modelos fracionados e acessórios de coberturas poderiam trazer muito mais acesso diante deste contexto, visto o franco crescimento de empresas baseados em cartões de desconto, com telemedicina ou similares. Contudo, sem regulação, mas que poderiam compor mais ao mercado e fazer parte do ecossistema da saúde suplementar.

SND – No seu ponto de vista, qual é o caminho para propagar uma imagem positiva desse setor para a sociedade?

MR – Como o modelo é com base no mutualismo, a comunicação e transparência de todo o contexto precisam ser melhoradas cada vez mais. É muito raro o conhecimento pleno de um segurado de como os planos de saúde são regidos, reajustados, os seus componentes da correção, o impactante rol de atualizações das coberturas, a composição e a dinâmica de atendimento médico. Sem contar os impactos de fraudes e judicialização excessiva.

Assim, uma atualização frequente de panoramas de entendimento porque não seguem também índices econômicos habituais. Por um exemplo simples: muitos segurados não sabem que os hospitais credenciados não fazem parte da regulação, que um laboratório e um médico credenciado também, assim eles compõem o reajuste do plano dele quando se renova um contrato, que muitas vezes não tem qualquer regulatório de precificação por parte desta rede de atendimento, que está na sua rede e fazem parte de livre e habilidosa negociação da operadora.

Precisamos também divulgar periodicamente todos os números de atendimento, trazer aspectos do avanço da medicina em nosso país com a saúde suplementar, que potencializa inúmeros investimentos e melhores equipamentos, médicos e recursos hospitalares e diagnósticos.

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SND – De que maneira uma empresa como a Brazil Health pode contribuir para aumentar a percepção do brasileiro sobre a importância do plano de saúde?

MR – Sendo um mercado de mudanças frequentes, a Brazil Health vem sempre levando mais serviços aos nossos corretores parceiros e segurados. Qualificamos nossos times, sejam operacionais, comerciais, pós-vendas e lideranças, além de incorporar mais tecnologias, estruturas e serviços que possam garantir melhores entregas a todos.

Cabe destacar nossa renomada Universidade de Vendas BRH, que há muitos anos vem trazendo lideranças do nosso mercado expondo amplo conhecimento, atualizações, tendências, insights e expertises a inúmeros corretores assessorados pela Brazil Health, que assim podem levar melhor atendimento consultivo aos seus segurados.

Nossos times de pós-vendas, com atendimento em modelo concierge e participativo, garantindo suporte ao corretor e suas empresas, desde sistemas de gestão, palestras preventivas, gestão médica de sinistralidade e suporte operacional. Do outro lado, nosso time Corporate apoia nossos corretores parceiros com comparativos de mercado assertivos, potencializando vendas de todos os portes e modelos de negócios, sejam médias ou grandes empresas.

No massificado como PME, pessoa física e adesão, somos referência também de atendimento, somando de dois sistemas de cotação, sendo um próprio da Brazil. Assim contamos também com mais de 30 supervisores, acompanhados de várias unidades de atendimento regional BRH levando amplo acesso, suporte técnico e comercial desde a cotação, emissão e implantação ao corretor parceiro.

SND – O corretor de seguros é importante nesse processo de acessibilidade aos planos?

MR – O corretor de seguros é vital na saúde como em todos os seguros. Ele é o profissional que acompanha toda esta movimentação de mercado e que assim pode analisar melhor o seu segurado, que o defende e acompanha, de forma em proporcionar a melhor consultoria independente de cobertura.

SND – É preciso capacitar mais profissionais para atuarem nessa distribuição?

MR – Sempre é importante a capacitação, sejam de novos ou dos atuais diante das frequentes mudanças que podem afetar a melhor consultoria do corretor. Hoje já temos a entrada de muitos consultores de investimentos no mercado, uma vez que o benefício de saúde potencializa análises dos orçamentos de empresas e famílias.

Também temos canais para novatos, apoio em Cowork e Franquias com muitos empreendedores que desejam vir ao nosso mercado. Ampliamos os acessos e as oportunidades com baixo investimento a todos, apoiando na regularização para ser um corretor ‘susepado’ com a parceria da ENS.

SND – Por que o setor de saúde é atraente para o corretor?

MR – É o que melhor remunera e o top 3 do desejo dos brasileiros há mais de 30 anos, segundo levantamentos frequentes dos institutos de pesquisas. Também é o segundo maior investimento das empresas, depois da folha de pagamento. Desse modo, o plano de saúde é um benefício essencial para a contratação e manutenção do funcionário.

SND – Conte como a Brazil Health pode apoiá-lo.

MR – A Brazil Health tem um DNA de seus times de sempre levar o melhor apoio e serviços de assessoria e consultoria ao corretor de seguros, atuando de forma dinâmica, transparente e inovadora.







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