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Todos devem contribuir?
A tendência global de catástrofes naturais era tratada com pouca seriedade no Brasil. O país, como se tivesse recebido uma benção divina, sempre foi tido como um lugar alheio a todos os desastres que ocorrem pelo mundo. Recentemente, as chuvas na Bahia e a tragédia de Petrópolis que matou 240 pessoas em 2022 são exemplos de que o caso do Rio Grande do Sul não é isolado.
Exatamente 10 dias antes do início das chuvas que afetaram quase 95% das cidades gaúchas, representantes do setor de seguros apresentaram no Congresso Nacional propostas para mitigar os riscos de um evento climático extremo.
Em 2023, as catástrofes climáticas geraram prejuízos globais da ordem de US$ 380 bilhões, dos quais US$ 118 bilhões foram indenizados pelas seguradoras. O Swiss Re Institute estima que as perdas seguradas podem dobrar nos próximos dez anos à medida que as temperaturas e as tempestades aumentam e os desastres se tornam mais frequentes e intensos
No ano passado, o Brasil registrou 1.700 municípios afetados por eventos climáticos, prejudicando 8 milhões de pessoas. A certeza de que o país não é um abençoado, pelo menos não a tudo que se refere a desastres ambientais, reacende o debate sobre a criação de um seguro catástrofe para amparar as famílias diretamente impactadas por um evento. A ideia é que toda a sociedade contribua para esse ‘fundo’ de atendimento às vítimas.
O mercado de seguros é um dos protagonistas dessa discussão global que é destaque nesta edição. Além desse tema, a revista traz conteúdos exclusivos como a entrevista com importante executiva sobre a comunicação que o setor faz com a sociedade e a importância do seguro garantia para o novo PAC, programa do governo federal para obras de infraestrutura pelo país.
Bons negócios!