Operadoras de planos de saúde podem e devem ter a abordagem da prevenção, diz presidente da ANS

Operadoras de planos de saúde podem e devem ter a abordagem da prevenção, diz presidente da ANS

Em entrevista à Carmen Ribeiro, diretora de mercado da Dr.Online, Wadih Damous falou sobre prevenção, parceria-público privada e envelhecimento

Durante o 28º Congresso da Unidas Autogestão, em Salvador, BA, Wadih Damous, diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), conversou com Carmen Ribeiro, diretora de mercado da Dr.Online no programa M3BS Talks Unidas. Na pauta foram abordados temas como envelhecimento com dignidade, integração entre os setores público e privado e o papel das operadoras de autogestão no desenvolvimento de uma cultura de prevenção na saúde.

Confira a conversa abaixo, ou entre aqui para assistir o vídeo completo.

Carmen Ribeiro – A gente está aqui com o Dr. Wadih, presidente da ANS, para um bate-papo rápido, abordando um pouquinho do tema que foi falado agora na mesa de abertura sobre a questão do envelhecimento. O ministro Padilha falou um pouquinho no discurso dele sobre as interações público-privadas e você acabou reforçando o que ele disse e ainda complementou que era sobre estender pontes hoje dentro da ANS. Nesse contexto eu queria saber quais são hoje as iniciativas ou as parcerias que a agência pretende fortalecer para justamente estender essas pontes?

Wadih Damous – Quando eu falo estender pontes é no sentido de superar preconceitos e ver onde cada dimensão, a dimensão pública e a dimensão privada podem se complementar, no mesmo sentido do ministro Padilha. Eu não combinei nenhuma fala com o ministro Padilha, nem ele combinou comigo. Mas é que nós pensamos de forma igual, porque cada um na sua trincheira, ele na trincheira do Ministério da Saúde e eu na trincheira da ANS, nós vemos como as batalhas se desenvolvem, nós fazemos parte das batalhas.

Carmen Ribeiro – Eu sou um pouco entusiasta porque, principalmente quando a gente fala do Mais Especialistas, é realmente a prática do que a gente vem falando há muito tempo sobre essa cooperação público-privada. Teve uma frase que você falou na mesa que eu achei extremamente cirúrgica, que é sobre envelhecimento. Você falou “envelhecer tem que ser um direito”. Pensando um pouco nesse contexto, eu queria saber como você enxerga o papel da ANS em estimular esses modelos de cuidados mais sustentáveis, justamente dentro da saúde suplementar.

Wadih Damous – O que eu quis dizer com “envelhecer é um direito”, é no sentido de envelhecer com dignidade. E eu entendo que as operadoras de planos de saúde podem e devem ter essa abordagem, a abordagem da prevenção, a abordagem das linhas de cuidado. Linha de cuidado é um planejamento. Todo um planejamento estratégico no sentido de convencer as pessoas que tratar da sua condição de saúde não é só a dimensão curativa, não é só pensar em remédio, não é só pensar em internação, pensar em exame, é pensar em se cuidar, é se prevenir, é se alimentar bem e se alimentar bem é se alimentar saudavelmente, saber que alimentos são saudáveis, saber que alimentos não são saudáveis, praticar atividades físicas cotidianamente. Tudo isso vai adiando o desfecho, tudo isso vai adiando o momento em que você de fato vai precisar. Agora, que isso seja adiado. Adiado não no sentido de não enfrentar, adiado no sentido de não ser necessário.

Carmen Ribeiro – Só complementando, eu acho que as autogestões são um bom exemplo de quando a gente fala de prevenção. Esse cuidado mais longitudinal, onde o beneficiário realmente está no centro, a gente consegue ver os resultados perenes sobre isso.

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