AGCS e Allianz realizam evento para debater as tendências do mercado dos seguros financeiros


O aumento nos preços das apólices de D&O e os impactos da Lei de Proteção de Dados em Cyber foram os principais temas abordados

Na última terça-feira, 4 de fevereiro, a AGCS, braço de seguros corporativos do Grupo Allianz e a Allianz Seguros, realizaram o primeiro Experts Meeting – evento no qual especialistas internacionais e executivos do setor discutiram os maiores riscos e as principais tendências para o segmento de Financial Lines na América Latina.

Eduard Folch, CEO da Allianz no Brasil, abriu o evento reforçando a importância da parceria entre as duas empresas do Grupo. “ A troca de conhecimento entre os especialistas internacionais e os profissionais com uma grande expertise sobre o mercado e as regulações nacionais fazem com que a companhia seja um forte player na área de seguros financeiros”.

Já Glaucia Smithson, CEO da AGCS para a América do Sul, complementou que “O conhecimento dos diferentes mercados ao redor do mundo, tanto em seguros como em resseguros, faz com que a AGCS e a Allianz consigam entender mais rapidamente as novas tendências e estejam um passo à frente na compreensão de novos riscos, entregando experiências mais completas aos nossos clientes”.

A primeira apresentação foi feita por João Scandiuzzi, Chief Investment Strategist do BTG Pactual, na qual foi feito um resumo dos desafios econômicos mundiais com um olhar mais apurado para a economia brasileira.  Segundo o especialista, a correta identificação de tendências econômicas, financeiras e concorrenciais é elemento fundamental para o sucesso de empresas a longo prazo. “Ter a oportunidade de discutir o quadro de juros baixos no mundo e no Brasil e seus impactos sobre agentes da cadeia de seguros e resseguros é de suma importância para o desenvolvimento dos negócios”, explica.

O primeiro painel do dia abordou as megatendências no segmento de D&O e contou com a mediação de Alessandro Carrigllio, Regional Head of Financial Lines da AGCS na América do Sul. O debate foi aberto por Shanil Williams, Global Head de Financial Lines da AGCS, que apresentou as principais tendências segundo a seguradora. “O aumento de sinistros ao redor do mundo; os litígios ocasionados pelas mudanças climáticas; o aumento das ações de classe de valores mobiliários; o crescimento das falências; e o financiamento de litígios irão continuar impactando fortemente o mercado nos próximos anos, além de ocasionarem exposições mais sofisticadas em todo o mundo”, explica.

Ainda neste painel, Gustavo Galrão, Head da área na AGCS no Brasil, apontou que o país segue as mesmas tendências mundiais. “Temos o desafio de melhorar a qualidade da subscrição, identificando os principais riscos de cada empresa e buscar precificar de uma forma mais assertiva tanto para as seguradoras quanto para os clientes”. Fez parte do debate também o advogado Ricardo Lewandowski, sócio do escritório Clyde & Co. O especialista em ações de D&O contribuiu com um panorama da modalidade no Brasil. “Há dez anos tínhamos cerca de 100 apólices no país hoje são mais de 7 mil. Há poucos anos quase não tínhamos sinistros, fomos aprendendo os riscos conforme os sinistros aconteciam. Hoje percebemos mais a importância de ajustar as expectativas de cobertura do seguro tanto por parte da seguradora quanto do segurado”, explica.

O segundo e último painel, mediado por Gustavo Galrão, abordou as ameaças cibernéticas. O principal assunto foi como a Lei Geral de Proteção de Dados, que entrará em vigor em agosto desse ano e deve impactar fortemente o mercado. “As empresas brasileiras ainda não estão preparadas para os desafios que a LGPD irá proporcionar e entre as empresas que estão mais preparadas a grande maioria é do setor financeiro, o que já era esperado”, explica Dennys Zimmermann, advogado e sócio do escritório F.Torres Advogados.

Já Viviane Schmidt, CRC manager da MDD Brasil Consultoria, comparou a diferença entre um sinistro por interrupção de negócio em uma empresa que pega fogo de uma ocorrência de interrupção de negócios por cyber, por exemplo. “Quando uma empresa pega fogo e ocasiona uma interrupção de negócios, você sabe quanto aquilo irá te custar, quanto tempo você levará para reformar o prédio e o que será necessário para aquela empresa voltar a operar. Quando há uma interrupção de negócios em decorrência de um ataque cibernético, primeiro que não é apenas uma fábrica, ou uma unidade de negócios que para, é uma empresa inteira. Além disso, é preciso calcular, por exemplo, quanto se deixou de vender, sem falar nos impactos em reputação, etc.”.

Leonardo Semenovitch, CEO da Crowford & Company, destacou os tipos mais frequentes de ataques sofridos no país, que é o terceiro no mundo a sofrer ataques ficando atrás apenas de China e Estados Unidos. Paul Schiavone, Global Head of Long Tail Lines & Alternative Risk Transfer na AGCS finalizou o debate pontuando que o mercado de Cyber é um segmento emergente e que deve crescer com uma velocidade maior que o mercado de D&O, por exemplo. “Acredito também que no futuro haverá apenas uma única apólice de cyber e não diversas apólices que incluem a cobertura de cyber”, finaliza o executivo.







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