Com foco no público das classes econômicas C, D e E, seguradora tem o desafio de levar solução a todos
A proteção para a vida é o segmento de seguros mais procurado do país. Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), o ramo cresceu 17,8% em 2022 no comparativo com o ano anterior. Foi um crescimento superior às receitas totais dos segmentos supervisionados pela autarquia, que chegou a 6,5%. Os principais motivos para esse aumento de popularidade são a conscientização pós-pandemia, o desenvolvimento de novos produtos e a diversificação dos canais de distribuição.
Ao chegar na ALM Seguradora, Dominguez preparou o processo de reestruturação dela, mapeando o que tinha de melhor, mudando o sistema operacional e enquadrando a empresa para atuação nacional. “A mudança de cultura acontece exatamente quando eu chego”, lembra o executivo.
Dominguez, que desenvolveu projetos em diversas companhias, se sentiu atraído pelo público-alvo da seguradora: o de baixa renda. Embora esteja crescendo, o seguro de vida ainda é pouco difundido no Brasil, sobretudo entre a população das classes econômicas C, D e E.
O produto de seguro de vida individual da companhia está avançando entre o público. “Hoje já são 400 mil vidas seguradas e a projeção até o fim do ano é chegar a 600 mil”, pontua Dominguez. O segredo, revela o executivo, é o trabalho em conjunto com três grandes clientes de plano funeral, um serviço que tem maior apelo nas comunidades. “O profissional vende o plano funeral no varejo ou de porta em porta e o seguro vai embutido”, explica o executivo.
Segundo a tabela de referência do estado de São Paulo, os gastos com funeral simples podem variar de R$ 3,5 mil até R$ 10 mil. De acordo com os dados do IBGE, mais de 50 milhões de brasileiros (cerca de 25% da população) vivem na linha de pobreza e têm renda familiar equivalente a R$387,07 por pessoa.
“A diferença de ter ou não ter um plano funeral é fundamental para essas pessoas. Por isso, a gente aprendeu a melhorar a vida delas primeiro com o plano e segundo com o seguro de vida, deixando a indenização para os familiares próximos”
Dominguez explica que a indenização é paga de uma vez ou parcelada. “Vai depender da escolha do segurado”. Nesse segundo caso, o pagamento pode ser em forma de auxílio moradia, alimentação ou mesmo uma verba mensal.
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O Seguro Embutido
De acordo com a InsTech London, empresa que produz relatórios em seguros e em gerenciamento de risco em todo mundo, o seguro embutido deve crescer mais de seis vezes até 2030, um salto para US$ 722 bilhões. A ALM Seguradora entendeu esse modelo de distribuição e passou a vender o seguro de vida em lojas de varejo pelo Rio de Janeiro, onde a matriz está instalada.
Inserido na jornada de compras de outro serviço, o seguro de vida da ALM Seguradora cobre morte por acidente, morte natural, invalidez permanente, bem como uma gama de outras coberturas presentes em apólices tradicionais, como o seguro educacional, por exemplo.
Dominguez acredita que o mercado segurador deve encaixar seus produtos no dia a dia dos brasileiros.
“Quanto mais conseguirmos inserir isso em hábitos e em situações cotidianas, mais gente terá acesso a seguros no Brasil. Abordar uma pessoa na rua e explicar a apólice de seguro fora do contexto é um processo muito mais difícil e ineficiente”
A expectativa é que os próximos anos sejam ainda melhores, mas repletos de desafios. Para 2024, o CEO da ALM Seguradora estima chegar a 1 milhão de vidas seguradas. Já em cinco anos, a expectativa é de 5 milhões de pessoas atendidas. Para chegar nessa marca, Dominguez reconhece que é preciso diversificar o modelo de distribuição, mas ele também confia na essência da companhia para alcançar o resultado. “A seguradora nasceu para atender essas pessoas”, finaliza.
Leia, por fim, a 34ª edição da revista: