Denis Teixeira, Vice-Presidente de Transportes
Recente aquisição da Trade Vale e a implementação de tecnologia avançada tornam a empresa especialista no segmento
Por: Sergio Vitor Guerra
Tecnologia e robustez. As duas já foram ferramentas de desejo da Alper no segmento de transportes. Hoje não é mais. No início do ano, a companhia desembolsou R$ 55,4 milhões na aquisição da Trade Vale, empresa que oferece expertise em soluções no ramo de transporte de cargas. A compra reforçou a atuação da corretora no ramo logístico e impulsionou o desenvolvimento de soluções ao segurado.
Segundo Denis Teixeira, Vice-Presidente de Transportes, a mais recente aquisição demonstrou a preocupação da corretora com os consumidores, pois a tecnologia trouxe benefícios como informações rápidas e qualidade para melhores tomadas de decisão.
“Existem inúmeros recursos tecnológicos utilizados nos transportes de mercadorias, os quais geram uma infinidade de dados sobre as viagens, organizar essas informações e observar padrões estabelecidos para se antecipar a eventos futuros é uma das entregas que oferecemos”, diz Teixeira.
Embora seja uma corretora que opera em múltiplas carteiras, a Alper se tornou especialista no segmento de seguros de transportes. O diretor nacional da companhia revela a ambiciosa missão nos próximos anos. “Temos o objetivo de nos consolidarmos entre as três maiores corretoras do segmento. A incorporação da Trade Vale foi um passo importante, pois trouxe tecnologia diferenciada e serviços que nos ajudarão a reter clientes, por meio da excelência do atendimento e entregas, além de potencializar o fechamento de novos segurados”.
Um recente levantamento da Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logísticas (NTC&Logística) mostrou que o roubo de cargas no Brasil teve um aumento de 1,7% no país em 2021. Segundo o levantamento, essa foi a primeira alta desde 2017, totalizando um prejuízo financeiro de cerca de R$ 1,27 bi para toda a cadeia produtiva.
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O aumento da sinistralidade, bem como o momento econômico do país, impactaram os donos de transportadoras, de acordo com Teixeira. “Comparando a performance do primeiro semestre de 2022 com 2021, temos notado um aumento de sinistralidade na carteira. Embora a quantidade de eventos esteja praticamente estabilizada, o prejuízo para as empresas tem aumentado, uma vez que o valor dos produtos tem sofrido aumentos importantes, adicionado ao fato da retomada das atividades econômicas do País”, explica.
O controle de sinistros é uma prática adotada aos poucos pelos players do mercado segurador. No ramo de transportes, a gestão de risco deve levar em consideração a preservação do patrimônio das transportadoras e a integridade dos seus colaboradores. Além disso, a quantidade elevada de sinistros impacta diretamente no custo do seguro.
Outro fator responsável por grande parte dos sinistros é o volume de acidentes no transporte rodoviário. De acordo com o levantamento da Confederação Nacional de Transporte (CNT), foram registradas 64.452 ocorrências nas rodovias brasileiras em 2021, representando um aumento de 1,6% em relação ao ano anterior.
Teixeira alerta que grande parte dessas intercorrências ocorrem por erro humano. “Os acidentes por falha mecânica têm incidência muito menor que os demais fatores. Por isso, investir em treinamentos que foquem na vida do motorista é essencial”. Segundo o executivo, a tecnologia deve trazer mais segurança para os transportadores. “Os altos investimentos ainda são o principal impeditivo, mas já temos visto diversas iniciativas que vão ao encontro da redução dos acidentes de trânsito e que muito em breve o custo não vai inviabilizar a implantação”, destaca.
Para mitigar esses riscos, o executivo recomenda a contratação de um corretor especializado em logística e segurança de risco.
“O corretor especialista contribuirá ativamente para o acompanhamento do perfil de risco dos produtos transportados x equipamentos de segurança disponíveis e exigidos em apólice, evitando que o cliente deixe de cumprir alguma regra constante da apólice e fique descoberto do seguro”.
Teixeira lembra algumas das ações da corretora com interesse em gerir esses riscos. “A Alper se especializou no segmento de cargas. Com o Proteção 360, a corretora oferece aos seus clientes o acompanhamento full time da operação, estando perto das operações mais críticas e utiliza das informações relativas às viagens concluídas para fazer auditoria de processo e implantar um plano de ação”.
Leia, por fim, a 25ª edição da revista: