Com R$ 15,7 bilhões de receita, mercado tem o pior rendimento desde fevereiro de 2016
O setor de seguros registrou queda de receitas de 21,4% em abril, comparado com o mês anterior. A arrecadação de prêmios também desacelerou ao atingir R$ 15,7 milhões, o menor rendimento observado desde fevereiro de 2016, sem saúde e DPVAT. Embora a queda, o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, não está surpreso. “Já era esperado o impacto trazido pelo primeiro mês completo afetado pelo distanciamento social e pela perda de mobilidade da população e dos fatores de produção”. A declaração feita no editorial da Conjuntura CNseg nº 23 corrobora com o que Coriolano apontava nos Webinars promovidos pela Conferação.
Além disso, o resultado de abriu repercutiu no desempenho do primeiro quadrimestre deste ano. Houve, então, queda de 1,1% na receita, registrando, dessa maneira, R$ 80,2 bilhões, comparando aos quatro primeiros meses de 2019. Coriolano presume que os números de abril trará um cenário mais complexo no segundo semestre. “A arrecadação setorial, que se estima progressivamente comprometida pelas circunstâncias do novo coronavírus, será comparada com a boa evolução de receitas do segundo semestre do ano que passou e, portanto, poderá mostrar repetidas taxas de decréscimo relativo”.
O segmento de Cobertura de Pessoas foi o maior contribuinte para retração dos negócios. Sua queda de 28,8% ocorreu, em suma, após medidas de restrição de mobilidade. Desse modo, comprometeu o acesso aos pontos de distribuição de produtos. Já os Danos e Responsabilidades, a retração foi de 8,8%. Nesse segmento, os ramos que mais desaceleram foram de Responsabilidade Civil (-21,2%), Garantia Estendida (-17,3%), Automóveis (-13,5%) e Crédito e Garantias (-12,7%). Além disso, a Capitalização também foi afetada pela quarentena, recuando 18% em abril em relação a março.
A íntegra da publicação Conjuntura CNseg nº 23 do setor de seguros pode ser conferida no portal CNseg.org.br