Empresária Bruna Garcia, fundadora da Megaluzz, explica o tamanho da importância da liderança do pequeno ao grande negócio

Em 2023 foram abertas 3.868.687 empresas, um aumento de 0,7% em relação ao ano anterior, segundo levantamento do Ministério  do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Por outro lado, 2.153.840 organizações fecharam as portas no mesmo ano. O papel da liderança no desempenho das companhias é fundamental para o sucesso dos negócios. É o que afirma Bruna Garcia, empresária com 20 anos de experiência no mundo corporativo. A executiva é fundadora da Megaluzz, empresa de gestão de alta performance que prioriza melhorar os resultados das organizações de todo porte.

A Megaluzz foca em RH Estratégico, principalmente para pequenas e médias empresas do mercado de seguros. Bruna explica que o investimento para ter uma estrutura focada em gestão de pessoas é muito alto. “Por isso, a gente tem uma equipe multidisciplinar responsável por ajudar as empresas a saírem do lugar e gerarem resultados”. No final, segundo a especialista, quem gera os bons resultados “são pessoas, processos e o apoio da tecnologia”, complementa.

O RH Estratégico é aquele detalhe que as empresas de pequeno e médio tamanho acabam não investindo, mas que faz toda a diferença. “RH Estratégico é aquele que alinha o plano de ação da gestão de pessoas com a meta da companhia”, pontua Bruna Garcia Ele controla o processo de recrutamento e seleção e norteia a função do colaborador.

“O que te trouxe até aqui não te levará para o próximo nível” — Marshall Goldsmith

Além de estarem alinhados com os objetivos das organizações, os líderes precisam ter todas as competências comportamentais para um resultado de sucesso. “Acompanhamos as lideranças dentro do nosso sistema com o intuito de garantir os resultados necessários para a empresa ir além”.

Um líder pode ser formado. A Megaluzz atua na gestão do profissional com potencial de liderança, com aqueles que exercem a função de líder e não têm a competência necessária, bem como os empresários donos de um negócio e diretores.

“Muitas vezes vemos empresários se sentindo escravos do próprio negócio”, revela Bruna. A especialista explica que isso acontece quando a empresa cresce a um nível que o líder deixa de absorver as crescentes demandas do seu negócio e passa ter o sentimento de desorganização.

Nesse sentido, Bruna destaca que a Megaluzz auxilia o empresário a melhorar a sua empresa, ajudando a aglutinar as ideias e formando um time tático e operacional, responsável em tocar o resultado com o cliente. “A gente trabalha nos três níveis: estratégico, tático e operacional”, elenca.

Seguro Nova Digital – Qual é a importância da liderança ou das lideranças dentro de uma organização do mercado de seguros?

Bruna Garcia – A liderança é importante em empresas de qualquer tamanho, inclusive quando sou eu a empresa. É fundamental, porque, nesse caso, além de ter que dominar todas as habilidades da rotina empresarial, é preciso ter o papel de líder para representar a cultura da empresa para as pessoas que são provocadoras de resultados. A liderança é importante, independentemente da empresa. O sucesso de um negócio, inclusive, está muito ligado ao papel do fundador.

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SND – Existe diferença entre o líder e o chefe?

BG – Não acho errado falar chefe, mas antigamente o chefe estava atrelado à figura de um autoritário, mandão, colocando-se numa posição no qual ele é o grande e os chefiados são pequenos. E não existe isso. Dentro de uma organização são todos do mesmo tamanho. A questão é que existem algumas habilidades e conhecimentos diferentes. Existem atitudes que o líder tem e, por isso, ele está nessa posição. Ele tem uma visão estratégica diferenciada, tendo um poder de decisão diferente dos demais, tendo que ganhar admiração e precisando inspirar.

A liderança já é algo mais leve, é algo que você não precisa ganhar na força. Ser líder é inspirar naturalmente, é ganhar admiração do seu time também naturalmente, não é uma posição exigida, não é uma posição adquirida, é natural.

SND – O que o líder deve fazer para ganhar confiança da equipe?

BG – As pessoas acabam elegendo o seu líder. Essa é a principal diferença: o líder é aquele que quando as pessoas erram, todo mundo errou junto. Ele aponta a solução, está sempre jogando junto. As habilidades estão no comportamento, nas competências comportamentais. Os que mais se destacam hoje são as que estão relacionadas às competências socioemocionais, comportamentais, principalmente inteligência emocional.

SND – O líder pode ser formado ou essa disposição é inerente?

BG – O líder pode ser formado. Quando a gente fala de formação, são competências técnicas e que, portanto, podem ser adquiridas. É tudo que a gente aprende na escola, na faculdade, nas universidades, em cursos. Para ter o comportamento adequado eu preciso pegar essa teoria adquirida e colocá-la em prática, para que ela vire através do comportamento um resultado.

Então, tem pessoas que não tem formação, mas tem o comportamento que gera o resultado. Costumo dizer que o bom profissional tem competência técnica, competência comportamental, perfil comportamental, experiência, fit cultural e mentalidade.