Pedido de realização do IPO (oferta pública inicial de ações) iria concluir em abril, mas negócio esfriou com o avanço da covid-19
A Caixa Econômica Federal anunciou que vai retomar as análises sobre a abertura de capital da Caixa Seguridade, um braço de seguros e previdência do banco estatal. Desse modo, a expectativa é que a área de seguros da companhia levante mais de R$ 10 bilhões com a operação. O anuncio ocorreu na última quinta-feira, 16, mas o pedido tinha sido feito em fevereiro.
O banco anunciou, em 12 de março, o fim do processo de IPO. Isso porque a pandemia do coronavírus avançava no mundo, causando incertezas no mercado financeiro. “Tudo é uma questão do impacto econômico e social da pandemia, e existe zero chance de abrirmos capital para vender a qualquer preço. Só faremos o IPO quando o mercado precificar o que achamos que vale”, disse, na época, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
Durante o processo, a Caixa anunciou duas joint ventures: uma com a Tokio Marine, que toma conta da carteira de seguro habitacional, e a outra com a Icatu Seguros, para vendas de serviços de capitalização.
Essa não foi a primeira vez que o banco encontrou empecilhos para abrir o capital da Caixa Seguridade. Há cerca de três anos, a instituição desistiu também de um IPO, alegando na época condições adversas de mercado. A oferta, agora, será secundária, ou seja, o dinheiro arrecadado irá para a Caixa Econômica e não para a Caixa Seguridade.
A operação será coordenada por um grupo de bancos, que inclui, além da própria Caixa, os americanos o Morgan Stanley e Bank of America, o suíço Credit Suisse, bem como Itaú BBA e Banco do Brasil.
Este texto contém informações do jornal Folha de S. Paulo
PARTICIPE DO GRUPO DE WHATSAPP PARA PROFISSIONAIS DE SEGUROS