Com 93 anos de atuação no Brasil, o setor de Capitalização comemora bons resultados em 2022 com receita de R$ 28,39 bilhões, alta de 16,9% no acumulado se comparada a 2021. As reservas técnicas, que medem a robustez financeira do setor, totalizaram R$ 37,19 bilhões, com alta significativa de 12,10%. Injetou na economia mais de R$ 21,60 bilhões entre resgates e premiações de sorteios.
Para a Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), a expectativa de crescimento de dois dígitos foi confirmada, construída dia a dia, a partir das respostas de um ambiente econômico positivo. “Nossa força vem do papel social da Capitalização como reserva de valor, capaz de suportar planos e desejos, tornando-os realidade. Registramos no período o crescimento de consumidores, focados em sustentabilidade e responsabilidade social. Estes, entre outros fatores, confirmaram o otimismo com os resultados de 2022 e projetam novos planos para 2023”, declara o presidente da FenaCap, Denis Morais.
Todas as regiões do país também tiveram aumento de dois dígitos. O Norte ganhou a liderança com maior crescimento (29,90%) – tendo o Acre como protagonista, com evolução de 46,74% (a segunda maior do Brasil). Em seguida, há Nordeste (25,99%) e a performance de Alagoas – maior do Brasil – com 56,57%. Na sequência: Centro-Oeste (21,46%), Sul (16,29%) e Sudeste (13,90%).
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Os títulos da modalidade Tradicional continuam liderando as vendas, com 74% da receita, seguidos pela Filantropia Premiável e Instrumento de Garantia (ambas com 11%), Incentivo (3%) e Popular (1%). A modalidade Tradicional também de destaca com o maior crescimento de 22,4% e receitas de R$ 20,90 bilhões.
A modalidade de Filantropia Premiável direcionou um volume recorde de recursos de R$ 1,48 bilhão às organizações filantrópicas, um crescimento de 12% e se posicionando entre os maiores financiadores de projetos sociais do Brasil.
Outra modalidade em sintonia com o cenário atual é o Instrumento de Garantia, que apresentou evolução de 4,6%, somando R$ 3,03 bilhões. Nela, as reservas do titular podem ser vinculadas como garantia de uma operação de crédito, de locação de imóveis (em substituição ao fiador) ou qualquer outro tipo de contrato entre as partes.
“É um mercado aquecido. Os títulos de garantia fiduciária e dos de venda direta para empresas que por meio deles têm a chance, em um mercado mais competitivo, de fidelizar clientes. São cenários que já começam a ser desenhados e nos quais o mundo digital terá forte presença. É nessa direção que todas as empresas estão investindo e o mercado de capitalização não está ausente disso. Ao contrário: tem se focado para atender esses novos consumidores com pesados investimentos”, destaca o presidente da FenaCap, apontando a tecnologia como aliada para expansão dos negócios, em 2023.