Aumento na compra de carros seminovos e usados reforça importância da vistoria digital

Aumento na compra de carros seminovos e usados reforça importância da vistoria digital

O corretor de seguros que tem o seguro auto no seu portfólio percebeu certas mudanças nos segurados. Além do elevado valor do prêmio, notado principalmente neste ano, mais pessoas estão comprando carros seminovos e usados. De acordo com a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (FENAUTO), as vendas de veículos usados, em 2021, ultrapassaram a marca de 15 milhões, um crescimento de 17,8% em comparação ao ano anterior.

Essa movimentação chama a atenção acerca da importância das vistorias para entender o histórico do veículo no momento da compra. Em entrevista exclusiva, Viviane Dias, Diretora Comercial da Infocar, comentou sobre as particularidades desse novo momento do mercado.

Seguro Nova Digital – A princípio, gostaria que você explicasse qual a diferença entre um veículo chamado seminovo e um que a terminologia utilizada é “usado”.

Viviane Dias – Não existe efetivamente nada documentado ou legislação que trate desse tema. Por definição do mercado, é considerado seminovo o veículo com até três anos de uso, sempre levando em conta a fabricação e não o ano modelo. O quanto o veículo já rodou é uma outra variável. Por exemplo: carros com três anos de fabricação, mas com a quilometragem superior à média, já são considerados usados. Veículos que tiveram vários proprietários também podem definir qual o termo utilizado. Entretanto, essas variáveis podem ser alteradas de acordo com os lojistas.

SND – O número de vendas de carros seminovos cresceu no Brasil nos últimos anos. Por se tratar de veículos usados, há o interesse do comprador de conhecer o histórico dele. Qual é a importância da vistoria veicular nesse processo?

VD –  Nem tudo está explicitamente no documento ou muito claro no acabamento. Nesses casos, a avaliação do histórico é essencial para saber a idade efetiva do veículo, como está a documentação e o seu estado físico. Ou seja, tudo que possa evidenciar a sua normalidade.

É importante sempre checar os dados históricos e físicos a fim de entender se o carro está dentro do critério de compra escolhido pelos lojistas. Na Região Sul, conhecemos empresas que não aceitam veículos com histórico de roubo e furto, por exemplo. Tudo isso é analisado em vistoria.

SND – Com o aumento do preço dos chamados carros populares, a compra de usados disparou. Quais pontos de atenção devem ser levados em consideração quando o comprador estiver prestes de adquirir seu primeiro veículo usado?

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VD –  Devido à desvalorização, o veículo seminovo é uma ótima oportunidade para quem vai ao mercado. Para esse público, a gente já informa que é importante avaliar todo seu histórico. Até veículos 0km, que já estão em leilão, devem passar pela perícia. Existe o chamado ‘dano da cegonha’, quando o carro cai no transporte até a concessionária.

É importante para o lojista conhecer todo o histórico, dando todo o poder de decisão ao consumidor final. Recomendo que sejam feitas avaliações dos dados antes mesmo da perícia física, a fim de estar por dentro de informações importantes, como histórico de roubo ou furto.

SND – Como a Infocar pode facilitar essa pesquisa?

VD – Temos no nosso portal o Inforisco. Nele, o usuário consulta os dados históricos do veículo, como parte mecânica, peças em momento de troca e manutenção. Dependendo das informações coletadas, o preço pode não ficar interessante. Uma avaliação mecânica feita por um profissional de confiança é muito importante.

SND – A falta de peças nas montadoras corroborou para o atual preço dos veículos 0km. Enquanto isso, cresce o número de pessoas adquirindo veículos de leilão. Quando é uma boa opção comprar um carro nesse estado?

VD –  Até pelo momento da economia, existem veículos em bom estado que são ofertados em leilão. De fato, mais deles estão sendo arrematados ao longo dos últimos anos. Quando o comprador caminha nessa direção, ele já aceita que há certas restrições que o carro vai carregar para a vida toda. As regras de análise são as mesmas para comprar qualquer outro veículo do mercado. 

Nesses casos, é importante avaliar o valor arrematado, mesmo se estiver com o preço abaixo do mercado. É preciso identificar se existem danos estruturais e quanto fica esse conserto para entender se a conta fecha.

SND – Entre os seus produtos, a Infocar dispõe de uma tecnologia capaz de fazer a vistoria do veículo de forma digital. Certamente, na pandemia essa iniciativa foi um grande sucesso. Qual é a quantidade de adesão dessa ferramenta atualmente?

VD – A vistoria digital entrou em vários mercados antes da pandemia. O setor de seguros estava bem avançado nesse sentido, e a pandemia acelerou esse processo de forma definitiva. Todos tiveram que se preparar, inclusive o consumidor. Hoje, 90% das vistorias são digitais na indústria de seguros, e o cliente de um modo geral se adaptou melhor às aplicações durante a pandemia.

Com exceção dos grupos que possuem mais dificuldade, os clientes habituados seguem os passos do aplicativo. Essa migração para o atendimento digital é mais complexo para as empresas, pois precisam adaptar seus processos e suas estruturas.

SND – A venda de carros usados continua crescendo. Nos próximos anos, o mercado tende a seguir dessa maneira?

VD – Falar sobre isso agora é um pouco de especulação. O consumidor aprendeu a comprar um seminovo. A gente realmente continua numa crescente na venda de carros nesse estado, mas acredito que exista um perfil de clientes que vão voltar a comprar carros 0km.

Leia, por fim, a 28ª edição da revista:







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