Presidente da Coface do Brasil promete relacionamento ainda mais estreito com corretores

Presidente da Coface do Brasil promete relacionamento ainda mais estreito com corretores

Rosana Passos de Pádua está na prateleira de cima na estante que figura as grandes executivas do mercado segurador brasileiro. Com quase 40 anos de experiência profissional em finanças, crédito, gestão, seguros e resseguros, entre outros, a executiva chegou à Coface em março como CEO da companhia no país.

Além do desafio de assumir a linha de frente de uma seguradora global, Rosana chega em meio à pandemia com o propósito de continuar os projetos inovadores da gestão anterior. Em entrevista exclusiva à Seguro Nova Digital, a executiva expôs os caminhos que pretende trilhar nos próximos meses.

Seguro Nova Digital – A Coface é a maior seguradora de crédito no Brasil e uma das maiores do mundo nesse segmento. No seu ponto de vista, qual foi o tamanho da importância desse seguro nas empresas durante à pandemia?

Rosana Passos de Pádua – Eu já fui cliente da Coface e sei que o seguro de crédito é uma das ferramentas mais importantes para a mitigação de risco. Os benefícios são enormes para as empresas, sobretudo no que tange à inadimplência de clientes acentuada nas crises.

S.N.D – Como o seguro de crédito pode ajudar as empresas nesse caso?

R.P.P – Quando o risco de inadimplência é alto, o fluxo do caixa é impactado negativamente. Com uma apólice de seguro de crédito ativa, a empresa recebe uma compensação imediata, facilitando a gestão e diminuindo os prejuízos financeiros.

S.N.D – Os serviços de informação da Coface oferecidos às empresas são um exemplo da relevância dessa proteção?

R.P.P – Sim, os serviços de informação, como opinião de crédito sobre um determinado cliente, avaliação de risco ao devedor e relatórios empresariais, são também ferramentas de proteção contra a inadimplência.

S.N.D – Como você analisa o cenário de seguro de crédito no Brasil?

R.P.P – O seguro de crédito é muito conhecido no hemisfério norte, em economias mais maduras. Já nas emergentes, nem tanto. Essa baixa penetração ocorre por falta de conhecimento dos benefícios do produto. Os empresários brasileiros se preocupam mais com o custo do prêmio e não fazem os cálculos desse investimento. É preciso entender o produto, e os benefícios atrelados.

S.N.D – De que maneira a Coface foi impactada pela pandemia?

R.P.P – Na contramão das outras crises, a sinistralidade no Brasil e no mundo está baixa. A pandemia nos afetou assim como em todas as atividades produtivas no país. Ela serviu para mostrar uma nova forma de trabalho, com colaboradores em home office.

S.N.D – Quando acabar a pandemia, você pretende retornar com toda sua equipe de forma presencial?

R.P.P – Os colaboradores vão trabalhar em modelo híbrido: três R.P.P – O crescimento por si só é um desafio. Precisamos de muito trabalho, além de manter o time engajado e motivado. Ainda há muitas incertezas do que será o futuro do mercado, como a reforma tributária, por exemplo. Porém, estou bastante preparada e confiante de que a gente vai conseguir ultrapassar todas as barreiras que vierem.

S.N.D – Qual é a importância que a sua gestão dará para os corretores de seguros?

R.P.P – Eles são agentes fundamentais no processo de contratação de seguros. Os corretores são os únicos profissionais responsáveis em fazer o elo entre seguradora e segurado. No período que estou à frente da Coface, conversei com cerca de 15 corretoras e 30 clientes, todos em conjunto. Não consigo imaginar uma seguradora sem um excelente relacionamento com os corretores.

Por isso, minha gestão será marcada por esse relacionamento cada vez mais forte, sempre disposta a ouvi-los e entender suas necessidades.

S.N.D – No seu ponto de vista, o que deve ser feito para estreitar ainda mais o relacionamento com os profissionais?

R.P.P – Muita conversa e reunião. O começo da minha gestão foi marcado por muito relacionamento com os profissionais. O nosso crescimento passa pelo atendimento que o corretor de seguros vai nos trazer nessas necessidades dos clientes, pois são eles quem estão na linha de frente desse relacionamento.

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