Com o intuito de definir os rumos da profissão, frente mobilizadora de alguns estados espera reunir um grande número de profissionais
Corretores de seguros de todo o país estão se mobilizando para comparecer à audiência pública destinada a atender os interesses da categoria. Por meio do grupo de WhatsApp da Seguro Nova Digital, os profissionais se mostraram interessados em participar do debate em Brasília.
Em entrevista exclusiva, um dos principais organizadores, o presidente da Associação dos Corretores de Seguros Independentes do Estado da Bahia (ASCIND), Omario Botelho, informou que a data da audiência ainda será tratada com o assessor parlamentar. De acordo com ele, o governo errou quando decidiu revogar o estatuto que regula a profissão de corretor de seguros.
“A figura do corretor no contrato de seguros fortalece a relação com os consumidores na hora que o segurado mais precisa, ou seja, quando acontece um sinistro. O profissional também é responsável em ajudar produzir 6% do PIB por meio do mercado”, destacou Botelho.
Segundo ele, o objetivo da ASCIND é mobilizar toda a categoria para estar em Brasília e unir forças com os Deputados e Senadores que representem os profissionais. “Vamos trabalhar para que a MP 905 seja devolvida e a nossa profissão volte à normalidade”, pontuou.
Representante de Goiás, o corretor Valerly Pereira informou que viajará a Brasília na próxima terça-feira (10). Alguns estados já estão confirmados. A dificuldade, porém, é de marcar uma data para este ano, já que a agenda parlamentar fecha em 22 de dezembro para recesso.
“Queremos levar o máximo de número de corretores para Brasília e fortalecer nossa voz. Vamos exigir a valorização da nossa profissão”, afirmou Pereira.
Interpretação da SUSEP
Com a justificativa de gerar mais eficiência à gestão pública, a SUSEP anunciou, no dia 11 de novembro, que deixaria de regular a profissão do corretor de seguros. Entretanto, a medida foi mal recebida por parte significativa da categoria, que agora pretende debater em audiência pública.
Em entrevista coletiva logo após a autorregulação, Solange Vieira, superintendente da SUSEP, disse que o setor, por ser maduro o suficiente, é capaz de seguir crescendo sem a atuação de um órgão regulador. “Estamos apostando que o setor é capaz de se autorregular”.