A opinião é de Jayme Garfinkel, que também falou durante a sua participação na live promovida pelo CCS-SP sobre a importância da solidariedade nesse momento de pandemia
Na sua primeira live, realizada no dia 26 de maio, o Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP) trouxe como convidado o ex-presidente da Porto Seguro, Jayme Garfinkel. Transmitida ao vivo pela internet na TV Sincor, a live foi mediada pelo mentor do CCS-SP, Evaldir Barboza de Paula, e contou com a participação especial de Alexandre Camillo, presidente do Sincor-SP. O tema em pauta foram as tendências e perspectivas em tempos de pandemia.
Usufruindo a aposentadoria desde que se afastou do Conselho de Administração da Porto Seguro no ano passado, Garfinkel revelou que tem se adaptado bem ao mundo digital. Ele participa diariamente de reuniões virtuais com os filhos, que agora comandam a empresa, apesar de até pouco tempo atrás preferir o telefone ao virtual. “Agora usamos os dois, o telefone e a imagem, e isso ajuda a humanizar a relação, inclusive entre corretores de seguros e seus clientes”, disse.
Camillo considerou brilhante a reflexão de Garfinkel sobre o uso mais humano das ferramentas digitais, acrescentando que para o corretor, especificamente, depende de atitude. “Se o corretor tiver atitude e pensamento correto, verá uma grande oportunidade de renovação e sairá com expectativa de um futuro muito bom”, disse.
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Para Camillo, a tendência é que o mercado de seguros saia fortalecido da pandemia. “O medo, as incertezas e a intranquilidade farão as pessoas se voltarem para o seguro, o único instrumento capaz de mitigar riscos, repor perdas e renovar esperanças”, disse. Garfinkel observou que essa condição torna o mercado privilegiado diante de outros segmentos e, por isso, considera que os profissionais precisam se preparar.
“O cliente vai precisar de nós e, então, este é o momento de nos prepararmos culturalmente para enriquecer o futuro de ofertas novas”, disse. Ele ponderou que novas necessidades e riscos irão surgir. “O seguro sempre será necessário. Mas, insisto que a crise e a forma de se comunicar, atualmente, favorecem o lado humano, a relação pessoal do corretor com o seu cliente”.
O mentor Evaldir contou que tem usado seu tempo para investir em capacitação, realizando cursos virtuais. Por outro lado, se queixou do excesso de lives e reuniões virtuais, que acabam gerando certa ansiedade em quem não dá conta de assistir tudo. Em seguida, questionou Garfinkel sobre o futuro do home office, se este será o novo normal.
Apesar da vasta oferta de conteúdo virtual, Garfinkel analisa que todos precisamos aprender a dosar o nosso tempo. A seu ver, existem fatores positivos na comunicação digital, que, além de aproximar as pessoas, também resulta em ganho de tempo, sobretudo por livrar o deslocamento no trânsito.