Por: Regina Lacerda, CEO da Rainha Seguros
Cresce a cada dia o número de profissionais que entram no mercado de seguros vislumbrando as oportunidades que o setor oferece. E sim, há oportunidade para eles. Segundo a Susep houve aumento de 11,6% nos registros de corretores certificados entre 2020 e 2021. Nos primeiros cinco meses de 2022, a alta foi de quase 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Já são mais de 120 mil corretores de seguros.
As marcas deixadas pela COVID-19 fizeram aumentar a procura por seguros de tudo: vida, residência, automóvel, funeral e outros. No primeiro semestre de 2022, o mercado de seguros cresceu 19,6%.
Segundo dados da CNseg, seguros contra Danos e Responsabilidades cresceram 14,6%, Vida e Previdência 11,5%. Por outro lado, de acordo com a FenaPrevi, apenas 8% da população brasileira tem plano de previdência privada. Somente 30% da frota de carros do país têm proteção e na área residencial, apenas 15% dos imóveis estão segurados.
Nossa cultura de proteção ainda é muito fraca, com grande desconhecimento da população em relação aos produtos de seguros. É possível facilmente identificar a dificuldade do consumidor em entender produtos relativamente simples e o segurês, como chamamos, que são aquelas palavras que às vezes parecem ser uma coisa, mas são outra. A mais comum, por exemplo, é prêmio, que em geral dá ao consumidor a ideia de receber algum benefício ou indenização mas na verdade não passa mesmo de sua responsabilidade em pagar um valor pela cobertura que deseja contratar.
Com esse cenário, há oportunidades de segurança e proteção através de produtos diversificados disponibilizados pelas seguradoras, abrindo forte oportunidade de trabalho para quem deseja empreender nesse mercado.
Atualmente, há vários formatos para empreender no mercado de seguros, desde o tradicional, abrindo a própria corretora, quanto investir na venda online ou ainda sendo um corretor exclusivo de uma seguradora multinacional com produtos de seguros ou financeiros.
Em qualquer caso, além de saber vender, o corretor de seguros precisa de inteligência emocional e tem que saber lidar com as respostas negativas e a rejeição, porque vai enfrentar pressão. Quem já está no mercado precisará se reinventar, utilizando cada vez mais o conhecimento, a experiência e a tecnologia a seu favor.
Para o corretor que deseja trabalhar no varejo, terá um volume de clientes maior porém o impacto da tecnologia é também maior. Está cada dia mais fácil e rápido contratar um seguro. Quem deseja se especializar em produtos mais técnicos e atender a um público diferenciado ou de alta renda, a profissão ainda vai ser essencial e, ao contrário do varejo, a tecnologia tende a ajudar. Produtos como responsabilidade civil profissional, planejamento sucessório, saúde e previdência privada requerem um atendimento mais consultivo. Nesses casos, a tecnologia pode permitir alcançar mais clientes.
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Usando a tecnologia a seu favor o corretor precisa ser encontrado nas redes sociais. Para isso é imprescindível ter um perfil atrativo, interação com seu público-alvo e produzir conteúdo de maneira a ganhar e reter possíveis clientes.
Para crescer, o corretor precisa de pessoas a seu lado. A pandemia incentivou os meios remotos de contratação, incluindo entrevistas online. Atualmente há um número maior de profissionais contratados como PJ mas ainda há forte tendência a contratação por CLT. As habilidades mais comuns exigidas para um profissional de seguros são a comunicação, sendo claro e assertivo, ser criativo, capacidade de inovação e o trabalho em equipe.
Para manter-se relevante, o corretor deve levar em conta o perfil mais exigente do consumidor atual e que a diversidade de produtos oferecidos pelas seguradoras evidencia a necessidade de se tornar especialista. Será necessário eleger produtos com os quais tenha mais afinidade, para ter autoridade e rentabilidade. Conhecimento técnico aliado à atualização constante são fundamentais. O corretor não pode se acomodar.
Leia, por fim, a 30ª edição da revista: