O mercado de seguros mudou. O cliente pesquisa mais, compara mais, demora mais para decidir e, ao mesmo tempo, espera respostas rápidas e orientação clara.
Nesse cenário, “ser bom no que faz” continua sendo essencial, mas já não é suficiente por si só. Se o cliente não entende seu valor, não confia em você ou não lembra da sua Corretora na hora certa, você perde oportunidades. É aí que entra o marketing.
Marketing é o que ajuda sua marca a ser encontrada, a ser lembrada, a gerar confiança e transformar conversas em vendas e renovações. É a parte da operação que cria previsibilidade – em vez de depender apenas de indicação ou de “ter sorte” de cair um cliente bom no seu WhatsApp.
Neste artigo, você vai entender, sem termos técnicos:
- O que é marketing (na prática, do jeito simples)
- Por que ele é essencial para Corretoras
- 5 estratégias de marketing que funcionam na operação de seguros
- Como medir resultados e melhorar continuamente
Na prática, o que é marketing?
Se você tivesse que explicar marketing em uma frase, poderia ser assim: Marketing é o processo de atrair as pessoas certas, com a mensagem certa, no momento certo – e transformar isso em venda, renovação e indicação.
No mercado de seguros, o marketing acontece quando:
- Alguém encontra você no Google ou no Instagram
- Alguém vê um conteúdo seu e pensa “essa Corretora sabe o que está falando”
- Um cliente antigo lembra de você na hora da renovação
- Alguém te chama no WhatsApp já com confiança no seu trabalho
- Sua abordagem fica mais organizada e com menos “perdidos no caminho”
Repare que isso vai muito além de propaganda. Propaganda é só uma ferramenta. Marketing é estratégia: entender o cliente, escolher como você quer ser percebido e conduzir uma jornada até a compra.
Um exemplo simples? Imagine que um cliente quer seguro auto e te chama pedindo “o mais barato”. Se você responde apenas preço, vira guerra de valor. Mas se você explica em uma linguagem simples o que muda entre coberturas e como isso impacta o dia a dia (e mostra que você cuida do pós-venda), você aumenta confiança e reduz a pressão por desconto. Isso também é marketing.
Por que marketing é importante para as Corretoras?
O marketing pode ajudar a resolver quatro dores muito comuns na operação de seguros:
Falta de previsibilidade
Muitas Corretoras vivem de picos: um mês bom, outro mais fraco. O marketing cria um fluxo mais estável de oportunidades, porque você passa a gerar demanda de forma contínua.
Leads ‘’ruins’’ e perda de tempo
Quando você comunica mal, atrai gente que não tem o perfil que você deseja alcançar. Quando comunica bem, atrai pessoas mais alinhadas, que chegam com dúvidas que fazem sentido para seu mercado e mais chance de contratar o seguro.
Concorrência por preço
Sem marca e sem confiança, o cliente compara por preço. Marketing bem-feito posiciona você como consultor e estrategista, não como “a pessoa que faz cotação”.
Renovação fraca
A maior mina de ouro de uma Corretora geralmente está no pós-venda: renovação, indicação e venda de outros seguros. Marketing (principalmente quando falamos de relacionamento) contribui para o aumento da retenção de clientes.
Antes das estratégias
Antes de falarmos das estratégias de marketing, um guia rápido sobre os principais termos:
- Lead: contato que demonstrou interesse (pediu cotação, preencheu formulário, chamou no WhatsApp);
- Funil: caminho do cliente: conhecer → considerar → pedir cotação → comprar → renovar/indicar;
- Inbound: atrair com conteúdo (educar e gerar confiança);
- Outbound: interromper com anúncio/mensagem direta (tráfego pago, campanhas);
- CTA: chamada para ação (“Chame no WhatsApp”, “Peça uma simulação”);
- CRM: sistema para organizar clientes/leads e histórico de atendimento.
Agora que você já conhece alguns dos termos de marketing, confira abaixo as principais estratégias para implementar na sua operação de seguros.
5 estratégias de marketing que funcionam na operação de seguros
1. Marketing de conteúdo
Marketing de conteúdo é criar materiais simples e úteis que respondem dúvidas reais do cliente. Pode ser post, vídeo curto, carrossel, blog, e-mail ou até mensagens prontas no WhatsApp.
A regra aqui é: conteúdo bom diminui objeções do seu público e acelera a tomada de decisão. Conteúdos que costumam funcionar muito bem para Corretoras:
- “O que muda entre seguro básico e completo?”
- “3 erros que fazem o seguro não cobrir o sinistro”
- “Qual franquia faz sentido para o seu perfil?”
- “Seguro residencial: o que realmente vale a pena?”
- “Checklist: o que enviar para cotar mais rápido”
O objetivo é ser claro e útil para atrair quem ainda não te conhece, construir autoridade e facilitar o atendimento quando o lead chegar.
A dica aqui é: crie uma “lista” com 10 conteúdos-base (as dúvidas mais comuns levantadas pelos seus clientes) e reaproveite em formatos diferentes.
2. Redes sociais
Rede social não serve só para “postar bonito”. Para Corretoras, ela tem três funções:
- Presença: o cliente te procura e encontra algo que passa confiança;
- Educação: você explica e guia, sem jargão;
- Prova social: bastidores, depoimentos, rotina, eventos, parcerias.
O que ajuda muito é manter um padrão simples. Você pode postar de 2 a 3 conteúdos educativos por semana (curtos e diretos), um conteúdo de bastidor/humanização (“como funciona nosso atendimento”, “o que analisamos numa cotação”, stories com a rotina da sua Corretora e caixinhas de dúvidas.
Importante: use CTA’s nas suas publicações. Em seguros, é importante que você oriente o próximo passo: “Quer simular? Me chama no WhatsApp com ‘SIMULAÇÃO’”.
3. Tráfego pago
Tráfego pago é colocar anúncios (Google, Instagram/Facebook, etc.) para alcançar pessoas com maior chance de compra ou mesmo para educar o público sobre a importância do seguro. É como “comprar atenção”, mas com segmentação.
Existem dois caminhos simples para Corretoras:
1. Google (intenção alta):
Aparecer quando alguém procura “seguro auto”, “seguro residencial”, “cotação seguro [nome da cidade]”. Quem busca no Google geralmente está mais perto de comprar.
2. Meta/Instagram (demanda e relacionamento):
Você aparece para públicos específicos, educa e conduz para o WhatsApp. Para não acabar gastando dinheiro e não obter retorno, foque em ofertas claras (ex.: “Cotação em até X minutos’’); Segmentação por perfil e atendimento rápido e com follow-up
4. CRM + automação
Essa é uma das estratégias de marketing mais importantes. Porque, na prática, muita Corretora perde venda não por falta de lead, mas por falta de acompanhamento.
No CRM (Customer Relationship Management ou Gestão de Relacionamento com o Cliente) é onde você organiza: nome, contato, tipo de seguro, data de renovação, status (novo lead, em cotação, proposta enviada, ganhou, perdeu), histórico do que foi conversado e próximos passos.
Já automação entra para aliviar o operacional, por exemplo:
- Lembretes de follow-up (24h, 3 dias, 7 dias);
- E-mails/WhatsApp de renovação;
- Mensagens pós-venda (“como acionar sinistro”, “o que fazer em caso de…”, “revisão anual das coberturas”).
Isso ajuda a aumentar conversão (menos lead esquecido), renovação (cliente lembrado e bem atendido) e cross-sell (você oferece o seguro certo no momento certo).
5. Parcerias
Parcerias funcionam muito no mercado de seguros porque confiança é transferível. Se alguém já confia no parceiro, tende a confiar em você.
Para exemplificar, um modelo simples de parceria é quando você oferece um material útil (checklist, miniguia), o parceiro distribui para a base dele, quem pedir ajuda vai para você e você devolve valor (conteúdo, evento, condição, suporte).
Como analisar os resultados?
Marketing só funciona quando você consegue responder, com clareza, três perguntas: o que está trazendo oportunidades, o que está virando venda e o que está sustentando renovação. Você não precisa de um dashboard complexo para isso, mas sim de poucos indicadores bem escolhidos e uma rotina simples de acompanhamento.
1. Comece pelo objetivo
Antes de olhar qualquer número, defina o que você queria com aquela ação. Um conteúdo pode ter como objetivo gerar confiança e ou aumentar visibilidade. Um anúncio pode ter como foco gerar leads no WhatsApp. Se você mede tudo do mesmo jeito, acaba descartando coisas que funcionam (mas para outro objetivo).
2. Acompanhe por etapas da jornada
Em vez de olhar resultado “no geral”, pense na jornada do seu cliente. Assim, você consegue identificar onde está o gargalo.
No topo (atração), observe se você está trazendo atenção de pessoas certas. Os sinais mais simples são:
- Alcance/visualizações;
- Cliques (para WhatsApp, perfil, site);
- Quantidade de conversas iniciadas.
Se muita gente vê, mas pouca gente clica ou chama, geralmente o problema está na mensagem: oferta ou conteúdo confusos, conteúdo pouco claro, ou CTA fraco (o cliente não entendeu o que fazer depois).
No meio (oportunidade), o foco é transformar interesse em cotação. Aqui, vale acompanhar:
- Leads que entraram (contatos novos);
- Taxa de leads que viram cotação;
- Tempo de resposta e consistência de follow-up.
Muitas vendas se perdem não porque o lead é ruim, mas porque o atendimento demora, falta uma pergunta de qualificação ou não existe um acompanhamento estruturado.
No fundo (venda), você quer entender o que faz cotação virar contrato. Os indicadores mais úteis são:
- Cotação → venda (taxa de fechamento);
- Principais objeções (preço, cobertura, franquia, “vou pensar”);
- Padrão de proposta (como você apresenta opções).
Se você cota muito e fecha pouco, a leitura precisa ir além do “cliente quer barato”. Às vezes, falta clareza na proposta, falta reforçar valor (comparativo de coberturas) ou falta um follow-up bem-feito.
No pós-venda, é onde nasce o crescimento sustentável. Aqui entram:
- Taxa de renovação;
- Indicações;
- Cross-sell (clientes com 2+ seguros).
Se você vende, mas não renova, normalmente o gargalo não está no marketing de aquisição, está na cadência de relacionamento (o cliente só lembra de você quando alguém chama primeiro).
3. Rotina simples de acompanhamento
Para acompanhar os resultados de forma realista, você pode criar uma rotina simples de acompanhamento:
- Semanal: o que gerou mais conversas e leads? Houve queda no tempo de resposta?
- Quinzenal: quais canais trazem leads que realmente viram cotação? Onde as pessoas estão travando?
- Mensal: quantas vendas, qual taxa de fechamento, e (se houver anúncios) qual custo por cliente (CAC). Aproveite para olhar renovação e oportunidades de cross-sell na base.
4. Diagnóstico rápido: onde está o gargalo?
Uma forma simples de agir é perguntar a si mesmo: em qual etapa está o gargalo? Reflexões que você pode fazer:
- Tem visibilidade, mas poucas conversas: ajuste mensagem e CTA;
- Tem conversas, mas pouca cotação: ajuste qualificação e resposta/follow-up;
- Tem cotação, mas pouca venda: ajuste proposta, valor percebido e follow-up;
- Vende, mas não renova: ajuste pós-venda e cadência de relacionamento.
No fim, medir resultados é exatamente sobre isso: entender a jornada, achar o gargalo e melhorar continuamente. Porque marketing, para Corretoras, não é “aparecer mais” – é aparecer melhor, conduzir melhor e manter relacionamento por mais tempo.
Lembre-se: você não precisa fazer tudo de uma vez. Comece com o simples: organize o atendimento, crie conteúdo útil, mantenha consistência e acompanhe as métricas certas.
E, quando quiser acelerar com mais previsibilidade, conte com a TEx: com tecnologia, dados e inteligência de mercado, ajudamos sua Corretora a identificar oportunidades, priorizar abordagens e transformar intenção em cotação – e cotação em vendas.





