Corretor tem papel determinante no combate à fraude no seguro, dizem especialistas

Corretor tem papel determinante no combate à fraude no seguro, dizem especialistas

Pandemia fez aumentar o número dessas práticas no Brasil

No primeiro semestre de 2020, um levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostrou que 5,4% dos sinistros de automóvel tinham suspeita de fraude. Enquanto isso, no ramo patrimonial, que engloba o seguro residencial, o índice era de 2,7%. Desse modo, considerando que as essas ações envolvem sinistros com valores altos, foi estimado que as fraudes em automóvel representam mais de 14% dos sinistros pagos.

O Gerente de Analytics da TEx, Genildo Dantas, explica que vários fatores são preponderantes para o crescimento do número de ações fraudulentas no seguro. Entre eles está o fato de o fraudador se sentir mais seguro na internet. “A aceleração dos meios digitais também pode ter aumentado a quantidade de ações de má-fé durante a pandemia”.

Com o crescimento das fraudes na pandemia, o especialista da insurtech alerta sobre as técnicas que podem ajudar a identificar uma fraude:

  • A pressa: o fraudador, na maioria das vezes, tenta colocar pressão com prazos apertados para fechar o seguro;
  • Conhecimento exagerado: muitos fraudadores conhecem todas as vírgulas do setor. Por isso, desconfie se o cliente tem um conhecimento bem acima da média

Segundo o advogado Cléscio Galvão, fundador do escritório especialista em combate à fraude Cléscio Galvão Advocacia, os momentos de crise econômica são agravantes para o aumento no número de ações fraudulentas no país. Embora seja notada a presença de crimes dessa natureza em outros cantos do mundo, o especialista garante que no Brasil a situação é uma das piores. 

“A sociedade não encara a fraude contra o seguro como um crime de gravidade, mas até com certa benevolência. Esse raciocínio é pautado no jargão de que o segurador representa um grande capital e, portanto, pode suportar esses prejuízos”, analisa o advogado. Consequentemente, segundo ele, o preço do seguro aumenta e, assim, prejudica o cliente de boa-fé. “Essa cultura é nociva e vai de encontro a essência do seguro que é o mutualismo, sendo o segurador um gestor de recursos e não uma fonte inesgotável de recursos”, completa.

Como diminuir?

Para o Gerente de Analytics da TEx, os profissionais de seguros, sobretudo os corretores, são os principais agentes no combate a ilicitudes dessa natureza. “O corretor tem um papel muito importante na identificação e redução das fraudes. Isso porque ele tem contato mais próximo com o cliente, seja pessoalmente ou por ferramentas digitais como telefone e WhatsApp”, pondera.

Em concordância com Genildo, o advogado Cléscio Galvão reforça que, para diminuir significativamente esse índice de fraudes, é preciso prevenir e reprimir essas práticas. “A princípio, devemos reforçar as políticas de aceitação como forma de prevenção. Em seguida, para reprimir, devemos proceder com uma análise ampla das circunstâncias que permeiam o evento noticiado, procurando elementos de legitimação de sua ocorrência”, explica.

Com sede em Minas Gerais, o escritório presta serviço para diversas seguradoras em todo o Brasil. Por ser um crime de inteligência, a fraude se renova constantemente e, por isso, deve servir de alerta para as companhias. Para entender essas mudanças, o advogado afirma que o escritório está sempre atrás de mais medidas preventivas a partir de experiências fraudulentas vivenciadas.

“Mantemos rigoroso acompanhamento e estudo desses casos, para que estejamos sintonizados com as evoluções que são concebidas pelos fraudadores, buscando o aperfeiçoamento das técnicas de repressão e principalmente dos mecanismos de comprovação”, finaliza o especialista.

Leia, por fim, a 18ª edição da revista:







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