Liderança feminina no mercado de seguros ainda sofre preconceito

Liderança feminina no mercado de seguros ainda sofre preconceito

Priscila Conduta Elias, uma das pioneiras como CEO e Conselheira no mercado de seguros, tem a equidade de gênero e salarial como uma de suas principais causas

Nascida em uma família onde seu pai, José Roberto Conduta, um veterano empresário do setor de seguros, sempre incentivou seus filhos a seguirem seus sonhos, independentemente do gênero, Priscila Conduta, CEO da Conduta Plus Corretora de Seguros, foi criada em um ambiente com igualdade no tratamento dos homens e mulheres. Sua visão de mundo e determinação foram moldadas com essa mentalidade inclusiva e progressista desde cedo, preparando-a para atuar em um mercado majoritariamente masculino.

Desde os dias de faculdade, onde ela foi uma presença singular entre seus colegas de engenharia da Poli (USP), até ascender às fileiras executivas como CEO, ela teve que superar o obstáculo da falta de representatividade feminina. Contudo, foi na esfera corporativa que ela confrontou diretamente a discriminação e o machismo, constantemente ocupando uma posição de alta liderança como a única mulher na maioria das reuniões. “Vi meus pares se referindo às mulheres com frases carregadas de machismo e isso sempre me incomodou”, diz a executiva.

Essa experiência pessoal a levou a uma profunda conscientização sobre a importância da equidade e da inclusão. Vivenciar o tratamento discriminatório apenas reforçou o seu compromisso com a equidade de gênero e salarial, a representação feminina em cargos de alta liderança e a promoção da diversidade no ambiente de trabalho, visando a construção de um futuro mais justo e inclusivo para todos no mundo dos negócios.

“Durante a minha gestão na corretora anterior, a Harmonia, as mulheres já eram maioria e muitas estavam em posição de liderança e na corretora atual não é diferente. Temos que ser coerentes com os nossos princípios e não há como apoiar as mulheres na maternidade e ter uma liderança que reclama cada vez que essa mulher solicita um tempo para levar seu filho ao médico ou ir a uma reunião de pais na escola. Então fica a pergunta: será que essa empresa realmente acolhe a mulher?”, complementa Priscila.

A sua preocupação com a equidade em todas as esferas faz sentido, especialmente quanto à diferença salarial. De acordo com dados da quarta edição da pesquisa da Escola de Negócios e Seguros (ENS), publicada em 2023, a relação salarial entre mulheres e homens no universo dos seguros se mantém a mesma desde a década de 1970, em torno de 75%. Segundo Priscila, houve sim, um aumento de mulheres em cargos de liderança em nosso setor, o que demonstra que há um avanço nesse sentido. “No entanto, ainda há muito o que fazer para atingir a igualdade salarial, o que confirma a necessidade de continuar investindo em políticas para promover essa igualdade entre homens e mulheres”, reforça.

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Voz inspiradora e catalisadora da mudança

Além de sua atuação como CEO e conselheira, Priscila se destaca por sua liderança visionária na promoção da responsabilidade social e ambiental. Seu histórico na Harmonia, corretora de seguros fundada pelo pai, onde fez carreira por mais de 20 anos até alcançar o cargo de CEO, foi marcado por diversas iniciativas nesse sentido – um testemunho de seu compromisso com práticas empresariais sustentáveis e socialmente conscientes. Aprendi desde cedo, com meu pai, que sempre acreditou numa sociedade sustentável, a investir em ações socioambientais. Dificilmente poderemos mudar o mundo sozinhos, mas podemos contribuir com ações que impactarão uma pequena parcela da sociedade”, explica

Numa feliz coincidência, Priscila faz aniversário em 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Aos 50 anos, casada, mãe de 2 filhos – um rapaz de 19 anos e uma jovem de 16 anos – ela também apoia iniciativas que ajudam outras mulheres, como a ONG Dona de Mim, na qual se uniu a outras 75 empresárias para financiar 485 mulheres de comunidades, refugiadas e egressas para que elas invistam em seus próprios negócios, sempre com o acompanhamento da equipe da ONG.

Assim como para muitas mulheres, para ela também foi desafiador conciliar carreira e vida familiar. “Esse é um problema social, para além do universo corporativo, e a lógica é a mesma para todas as causas que defendo, ou seja, manter suas convicções e fazer o que é possível já é uma forma de contribuição. Essas atitudes servirão de impulso para continuarmos avançando”, finaliza Priscila. A mensagem que fica é que as mulheres devem cultivar a confiança em si todos os dias e, cada vez mais, ocupar o seu espaço na sociedade.

 







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