O CONEC 2025 reafirmou sua posição como o maior e mais relevante encontro de corretores de seguros da América Latina. A edição deste ano marcou uma nova fase de integração entre conteúdo, tecnologia e experiência. Com uma curadoria aprimorada e trilhas voltadas à transformação digital, o evento reforçou o papel estratégico do corretor no futuro do setor. O congresso chamou a atenção não só pela atmosfera de inovação, mas também pelo engajamento do público, além da conexão entre os diversos atores do mercado.
À frente do Sincor-SP, Boris Ber destacou os principais aprendizados e reflexões deixados pelo congresso, realizado no Distrito do Anhembi, em São Paulo. Em entrevista à SND, ele relembrou os momentos marcantes, o fortalecimento institucional da categoria e a importância de preparar os corretores para o novo cenário regulatório com a chegada do Marco Legal do Seguro.
Entrevista publicada, originalmente, na edição especial CONEC 2025:
Seguro Nova Digital – Na sua avaliação, quais foram os principais avanços ou diferenciais do CONEC 2025 em relação às anteriores?
Boris Ber – O CONEC 2025 representou uma evolução importante em vários aspectos. Tivemos uma integração inédita entre conteúdo, tecnologia e experiência. O aplicativo oficial do evento foi um marco, permitindo ao congressista acompanhar a programação, interagir com os palestrantes e acessar materiais complementares em tempo real.
Além disso, trouxemos uma curadoria de conteúdo mais conectada à realidade do corretor, com trilhas específicas sobre transformação digital, regulação, novas oportunidades de negócios e comportamento do consumidor. Foi um congresso mais dinâmico, plural e participativo, que refletiu o momento de renovação que o Sincor-SP vive.
SND – Diga quais foram os principais aprendizados e reflexões que esta edição trouxe para o setor.
BB – A principal reflexão é que o futuro do corretor passa pela capacidade de se adaptar sem perder sua essência. A tecnologia é uma aliada poderosa, mas o que diferencia o corretor é o relacionamento humano, a escuta e a confiança construída com o cliente.
O evento reforçou também a importância da união institucional. Quando o setor fala em sintonia – seguradoras, Susep, entidades e corretores –, avançamos mais rápido e com mais força. O CONEC mostrou que a transformação digital é inevitável, mas ela precisa ser acompanhada de propósito, ética e profissionalismo.
SND – Se fosse para selecionar um painel ou tema que mais te marcou no evento, qual seria?
BB – Todos os painéis trouxeram contribuições relevantes, mas dois momentos se destacaram especialmente.
O primeiro foi o talk show sobre o futuro inteligente do corretor, que sintetizou a essência do tema “SinergIA Digital”. Ele mostrou que a inteligência artificial e a inteligência humana não competem – elas se complementam. O corretor que souber usar dados e tecnologia para fortalecer o relacionamento e personalizar soluções vai liderar o novo ciclo do mercado.
O segundo, e talvez o mais emocionante, foi o painel sobre sucessão e legado, que reuniu grandes referências que ajudaram a construir a base do nosso setor, Jayme Garfinkel, Nilton Molina e seus sucessores. Foi uma conversa profunda, sobre propósito, continuidade e o papel das novas gerações na preservação dos valores que nos trouxeram até aqui.
Ouvir líderes que viveram a história do seguro brasileiro e continuam inspirando o futuro foi um dos momentos mais marcantes do congresso.
SND – O evento contou com a participação do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que valorizou o trabalho dos corretores em sua fala. É um sinal de que a categoria está fortalecida politicamente?
BB – Sem dúvida. A presença do prefeito e de diversas autoridades estaduais e federais é um reconhecimento da relevância da categoria.
O corretor de seguros é um agente econômico, social e político importante: ele promove proteção, estabilidade e desenvolvimento. Essa visibilidade institucional mostra que o Sincor-SP está conseguindo posicionar a categoria como protagonista nas discussões sobre segurança financeira e cidadania.
Estamos mais organizados, mais representativos e com uma voz mais forte junto ao poder público.
SND – O CONEC é o maior encontro de corretores de seguros da América Latina. Qual é o papel que ele cumpre hoje no fortalecimento da categoria?
BB – O CONEC é muito mais do que um evento. Ele é um movimento de valorização profissional. É um espaço de aprendizado, networking, atualização e pertencimento. Durante três dias, o corretor se vê inserido num ambiente de inovação e reconhecimento, onde percebe que faz parte de uma categoria essencial para o desenvolvimento do país.
Além disso, o congresso cumpre um papel estratégico na formação de lideranças e na consolidação de uma identidade coletiva. O corretor sai do CONEC mais preparado e mais confiante para encarar os desafios do mercado.
SND – O Marco Legal do Seguro começa a valer a partir de dezembro deste ano. Como o congresso contribuiu para a adaptação dos profissionais a essa importante mudança?
BB – O Marco Legal do Seguro foi amplamente debatido nas trilhas e painéis do CONEC. Trouxemos juristas, especialistas e representantes do mercado para traduzir o texto da lei em implicações práticas para o dia a dia dos corretores.
O Sincor-SP tem um compromisso de longo prazo com a educação continuada, e o CONEC foi mais uma etapa desse processo de adaptação e fortalecimento institucional.
SND – Como você pode descrever a sensação de subir no palco pela segunda vez como presidente do Sincor?
BB – Foi uma emoção enorme. Subir ao palco do CONEC é sentir o peso e a honra de representar milhares de profissionais que acreditam no poder da união e da ética.
A cada edição, reforço a convicção de que vale a pena trabalhar por essa categoria. São histórias de superação, empreendedorismo e compromisso com o cliente que dão sentido à nossa missão.
Estar ali, diante de 10 mil participantes, é a confirmação de que o Sincor-SP está no caminho certo, com diálogo, transparência e entrega real de valor.
SND – A categoria ainda enfrenta desafios relacionados à imagem e à valorização profissional. Você acredita que o CONEC pode emancipar o profissional?
BB – Sim, acredito que o CONEC é uma poderosa ferramenta de emancipação. Quando o corretor participa de um evento desse porte, percebe sua força coletiva e entende o impacto que tem na sociedade. O congresso eleva a autoestima da categoria e mostra, para dentro e para fora, que somos indispensáveis para o funcionamento do mercado de seguros. A valorização começa com o reconhecimento interno – e o CONEC é o palco onde o corretor se reconhece como protagonista.
SND – O que você pode adiantar para a próxima edição, em 2027?
BB – Ainda é cedo para falar em detalhes, mas posso adiantar que o CONEC 2027 seguirá evoluindo no mesmo ritmo de transformação do mercado.
Queremos um congresso cada vez mais conectado, interativo e sustentável, com experiências que ampliem o aprendizado e a integração. O sucesso de 2025 nos deu base para sonhar ainda mais alto. O corretor pode esperar novidades, tanto na estrutura quanto no formato de conteúdo.
SND – Qual a mensagem o senhor deixa para os corretores de seguros que participaram do evento e para aqueles que acompanham o trabalho do Sincor-SP?
BB – A mensagem é de gratidão e confiança. Gratidão a todos que acreditaram, participaram e ajudaram a fazer do CONEC 2025 um marco histórico. E confiança de que o futuro será construído com união e propósito. O corretor é – e continuará sendo – o elo de confiança entre o cliente e o mercado. Nosso papel é continuar fortalecendo essa ponte, com ética, conhecimento e inovação.




