Proteção financeira: seguros para cuidar da vida e do bolso

Proteção financeira: seguros para cuidar da vida e do bolso

Imagem Freepik

Desmistificar velhos tabus sobre o seguro de vida e divulgar a importância do planejamento financeiro são desafios que o setor precisa enfrentar para formar uma sociedade mais protegida

A saúde financeira das famílias brasileiras está em estado grave. O último Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas no Brasil, material produzido pela Serasa divulgado em julho deste ano, mostrou que quase metade da população está inadimplente. As dívidas com bancos, feitas por meio de financiamentos ou pelo uso do cartão de crédito, estão no topo da lista. Por sua vez, os juros elevados e os mais pobres recorrendo ao crédito para fazer frente às despesas do cotidiano estão entre as principais razões desse resultado.

O mercado de seguros, diante desse cenário, apresenta-se com soluções importantes para resguardar financeiramente o consumidor. Os produtos disponíveis permitem que o cliente se planeje contra eventos e situações inesperadas. “O seguro de proteção financeira é especialmente útil para quem deseja se preparar para a eventualidade de não conseguir cumprir suas obrigações econômicas”, conta Amanda Castro, gerente da Serasa.

Segundo a executiva, uma das principais vantagens do seguro é que ele oferece tranquilidade e garante que as parcelas de um financiamento, por exemplo, sejam pagas mesmo em momentos de instabilidade financeira. “Evitando juros, nome negativado ou até o difícil momento de escolher qual dívida pagar”, observa.

Amanda Castro, gerente da Serasa

Além dos benefícios da proteção em si, o segurado pode ter o acesso ao crédito facilitado, acrescenta Amanda. Isso porque as instituições financeiras se sentem mais confiantes ao conceder crédito, sabendo que terão uma garantia de pagamento. Esses serviços só serão efetivos, porém, se forem complementares à organização das finanças pessoais.

“São fatores imprescindíveis para uma jornada financeira saudável. Mesmo que atrelado ao seguro, o planejamento ainda deve ser o primeiro passo para garantir o acesso consciente ao crédito”

A demanda pelo seguro de vida, um importante instrumento de proteção financeira, aumentou nos últimos anos. Só no primeiro semestre de 2024, de acordo com a Susep, a procura cresceu 14,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. Até agora, o produto entrou no orçamento de aproximadamente 17% dos brasileiros.

João Mello, presidente do Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG), avalia que a tímida penetração do seguro é fruto da baixa noção de educação financeira da sociedade. Ele defende que o tema precisa virar disciplina curricular nas escolas do ensino médio e superior. “Em qualquer profissão as pessoas precisam saber se planejar financeiramente, conhecendo os mecanismos e sistemas de proteção social e econômica públicos e privados”.

João Mello, presidente CSP-MG

Desvendando o seguro de vida

O seguro de vida individual está se tornando cada vez mais uma ferramenta essencial de proteção financeira no Brasil, sobretudo para profissionais autônomos. Tradicionalmente associado apenas à morte, hoje o produto oferece coberturas que podem ser utilizadas em vida, proporcionando segurança e estabilidade para as famílias.

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  • Invalidez: protege o segurado em caso de incapacidade permanente;
  • Doenças Graves: cobre diagnósticos de doenças sérias, como câncer, infarto, entre outras;
  • Acidentes e Doenças Laborais: oferece suporte financeiro caso o segurado não possa trabalhar.

Jaime Neto, VP de Produtos da MetLife Brasil, destaca que a proteção financeira, especialmente para quem é o alicerce da família, é crucial na manutenção da renda familiar. “O seguro de vida não apenas protege contra eventualidades, mas também garante a continuidade dos pagamentos de despesas cotidianas em caso de afastamento do trabalho”.

Recentemente, a MetLife aumentou sua coberturado seguro de vida com a Diária por Incapacidade Temporária (DIT). A iniciativa permite que o segurado receba uma compensação financeira durante o período de inatividade. Com um valor que pode chegar até R$ 30 mil mensais, a novidade é especialmente buscada por profissionais que dependem diretamente de sua capacidade de trabalho. A companhia está vendendo cerca de 1 mil
apólices por mês com a DIT.

Jaime Neto, VP de Produtos da MetLife Brasil

“Com coberturas abrangentes e a possibilidade de utilização em vida, ele se consolida como um aliado valioso para a proteção do futuro financeiro”

A incrementação de coberturas deixa o produto versátil e, portanto, atraente para todos os públicos, inclusive os jovens. À medida em que o mercado se adapta a diferentes perfis de clientes e inova seus produtos, a oferta de proteções se torna mais inclusiva e relevante. Na avaliação de Jaime Neto, a segmentação permite que os consultores financeiros conheçam melhor as necessidades específicas de seus clientes, oferecendo soluções mais personalizadas.

Porta-vozes do mercado

No primeiro trimestre, o setor de seguros arrecadou pouco mais de R$ 102 bilhões, representando uma alta de 13,7% se comparado ao mesmo período do ano passado. Apesar do crescimento, João Mello lembra que a esmagadora maioria das pessoas está desassistida. Ele avalia que, para mudar essa realidade, é preciso ter profissionais cada vez mais capacitados trabalhando no setor.

Segundo ele, o corretor e o seu time de colaboradores são os principais responsáveis em buscar capacitação. “Será que o brasileiro não compra seguro porque não conhece os produtos e benefícios ou porque não é oferecido a ele?”, indaga.

Uma pesquisa do Datafolha encomendada pela FenaPrevi revelou que o interesse das pessoas em contratar algum tipo de seguro subiu de 53% para 57% de 2021 para 2023. Foram entrevistadas, em julho do ano passado, 2 mil pessoas. Diante dessa constatação, o presidente do CSP-MG afirma que é preciso ter preparo para atender as demandas da população e oferecer o que importa para as diversas fases da vida. “Profissionais capacitados, ofertando o serviço ou produtos adequados, serão a maior propaganda do seguro”.

Em concordância com Mello, Jaime Neto observa que profissionais especialistas no produto são capazes de fazer uma venda consultiva ao compreenderem as necessidades de cada cliente. “Essa abordagem não só fortalece o relacionamento, mas também resulta em vendas mais eficazes”. Na sua avaliação, os canais de venda têm se desenvolvido significativamente nos últimos anos. “Estão conseguindo atingir um público maior e mais diversificado, despertando necessidades que os próprios clientes não reconheciam”, conclui.

A indústria de seguros brasileira mostra ter know-how para atender todos os públicos, seja para garantir a continuidade de um compromisso financeiro do segurado ou auxiliá-lo na manutenção da sua renda familiar diante de imprevistos. Basta entender, porém, como difundir essa experiência para uma parcela significativa da sociedade que desconhece a importância da proteção financeira na sua vida.







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