O Brasil está em último lugar no ranking de seguro para proteção pessoal e familiar. A constatação foi feita após um levantamento realizado pela Zurich e pela Universidade de Oxford em 16 países. A pesquisa mostrou, ainda, que as mulheres são menos protegidas.
É baixo o número de brasileiros que fazem uma reserva financeira para o futuro. Em parceria com a Universidade de Oxford, a Zurich diagnosticou que mais da metade da população não tem nenhum tipo de seguro de vida ou de proteção de renda.
O dado, que consta no estudo global “People Protection: insigths sobre como capacitar uma força de trabalho ágil”, realizado com 18.000 indivíduos (1.145 do Brasil) de 20 a 70 anos com alguma ocupação no mercado de trabalho em 16 países, também mostra que a vulnerabilidade dos brasileiros está acima da média mundial (36%).
De acordo com o levantamento, os brasileiros participantes têm uma renda mensal média de R$ 5.561,90. E quando se faz uma análise da aquisição de produtos, o seguro de vida, por exemplo, é um instrumento de proteção de apenas 8% dos entrevistados. Em outros países como Hong-Kong chega a 35%, na Malásia 31%, e nos EUA 30%.
Em relação ao seguro de proteção financeira, só 4% dos brasileiros entrevistados dizem ter. Bem abaixo quando comparado ao México, onde 40% têm as coberturas para proteger a renda.
Previdência Privada
O estudo também mapeou o total de brasileiros que tem um plano de previdência privada. Dos 1.145 trabalhadores entrevistados, 20% contratou um plano para complementar renda no futuro. Comparado com outros países como Alemanha, Irlanda e Romênia, por exemplo, os brasileiros ficam atrás. Na Alemanha e na Irlanda, 43% têm um plano de previdência privada e na Romênia, 41%.
A coleta de dados online aconteceu de fevereiro a março deste ano com grupos divididos em jovens da geração millennials (20-29 anos), adultos da geração millennials (30-39 anos), adultos da geração X (40-54 anos) e baby boomers (55-70 anos) do Brasil, México, Austrália, Reino Unido, Irlanda, EUA, Espanha, Itália, Alemanha, Suíça, Emirados Árabes Unidos, Malásia, Hong Kong, Romênia, Japão e Finlândia.
Contudo, a pesquisa pondera que, em alguns países, os produtos têm um menor índice de aquisição porque os trabalhadores contam com proteção social do governo. Porém, ainda assim, há uma tendência de procurarem uma proteção adicional.
Proteção pessoal