Há um ditado popular que diz: “O ano só começa depois do carnaval”.
Mas nós que somos empresários e empreendedores, sabemos que as contas não param e começamos a trabalhar desde o dia 2 de janeiro.
Até agora muita coisa aconteceu, inclusive o carnaval.
Aliás, no Brasil muita coisa acontece todos os dias influenciada pelo setor de seguros: milhares de apólices, de todos os ramos são emitidas, indenizações de morte, invalidez, de acidentes de carro e de motos são pagas; profissionais liberais são indenizados através de seguros de responsabilidade civil profissional, sem contar os riscos patrimoniais a residências e empresas diariamente indenizados.
Este ano também já debatemos temas extremamente relevantes para a indústria do seguro e para a sociedade como a legalização das empresas de proteção veicular.
O mercado de seguros não para
Segundo o relatório Síntese Mensal da SUSEP publicado no final de 2023, a arrecadação do setor seguros registrou alta de 8,4% no acumulado até outubro, se comparados ao mesmo período de 2022, totalizando R$ 319,13 bilhões em receitas.
Os segmentos de seguros de danos e pessoas arrecadou R$ 154 bilhões crescendo 9,71%. Os seguros de automóvel tiveram alta de 11,8% em relação a 2022 e arrecadaram 46,23 bilhões. O seguro de vida por sua vez cresceu 12,3% arrecadando R$ 24,88 bilhões.
Essas apólices retornaram à sociedade por meio de indenizações, resgates e sorteios no valor total de R$ 185,64 bilhões nos primeiros 10 meses de 2023.
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Com toda essa pujança o setor de seguros caminha para crescer ainda mais em 2024. De acordo com a agência de classificação de risco Fitch a arrecadação de seguros deve crescer 7%. As seguradoras, por sua vez, estão mais otimistas. A CNSeg prevê um crescimento de 10,9% ao longo do ano para o setor.
Possivelmente com ritmo maior do que em qualquer outro período da história, as mudanças no clima, na tecnologia e as advindas da COVID19 principalmente com trabalho remoto, obrigaram as empresas a repensar suas estruturas, modelos de negócios e cultura organizacional para se adaptarem, permanecerem relevantes e até sobreviverem.
Percebo que nosso setor de seguros tem se reinventado a cada dia tanto no uso da tecnologia quanto na forma de conduzir os negócios com uma visão mais direcionada às pessoas, ao seu propósito de proteção e a seu papel na sociedade.
Esperamos ver em 2024 avanços na proteção dos riscos climáticos e cibernéticos. Adoção de políticas para prevenir a ocorrência de perdas. Seguros para a enorme parcela de automóveis não contemplados nos riscos aceitos. Tecnologia mais avançada tanto para facilitar a vida do cliente quanto para o corretor de seguros, otimizando o tempo gasto em tarefas operacionais.
E como não poderia deixar de ser, dois aspectos fundamentais: um olhar para a sustentabilidade com ações concretas que possam retornar para a sociedade e um olhar para a diversidade e inclusão que permitirão um ambiente mais criativo e pronto para contribuir para o crescimento sustentável do setor.
Feliz Ano a todos nós!
Regina Lacerda é CEO da Rainha Seguros, presidente do CESB e Acadêmica da ANSP