Por Sidney Dias e Walter Polido*
Com a contínua utilização de tecnologias digitais, impulsionada pelo uso de recursos de Inteligência Artificial (IA) em suas diferentes formas e pela disseminação da tecnologia da Internet das Coisas (IoT), aumenta também a exposição a riscos das pessoas e empresas, com possibilidades de prejuízos relevantes no caso de falhas de funcionamento de sistemas e equipamentos.
Essa maior exposição traz oportunidades para o desenvolvimento de produtos e serviços de seguro para riscos cibernéticos inovadores, particularmente para pequenas e médias empresas. E traz para as seguradoras, também, o desafio de aprimorar suas metodologias para avaliação de riscos e precificação, atuando em estreita colaboração com os corretores de seguros e os gestores das empresas para gestão proativa dos riscos cibernéticos.
Além da comercialização de produtos isolados e específicos para riscos cibernéticos, é importante e necessário, também, que o mercado brasileiro se desenvolva no sentido de oferecer a garantia para determinadas situações específicas do risco dentro das apólices dos diferentes ramos de seguros já existentes.
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Por exemplo, em uma apólice de Riscos Operacionais, não se mostra razoável a exclusão genérica do risco cibernético, se algum ato ou fato dessa natureza puder gerar um dano patrimonial ao segurado.
Sob essa mesma avaliação, também não parece razoável um determinado profissional médico ou advogado sofrer a invasão do banco de dados de seus pacientes ou clientes e a sua apólice de E&O deixar de garantir as consequências patrimoniais daí resultantes.
Além dos riscos cibernéticos, temos discutido nesta série de artigos alguns temas que devem impactar diretamente a dinâmica do mercado de seguros. Leia todo o conteúdo para acompanhar os principais desafios e oportunidades do setor neste ano.