Susep publicou na última sexta-feira, 13, as normas que mudarão o cenário desse ramo no Brasil
“Vamos permitir com as novas regras e critérios que uma diversificação efetiva de produtos apareça. Se alguém quiser fazer seguro só da metade do carro, por que não permitir isso? É melhor do que não ter um seguro. Se alguém quiser fazer seguro só de furto ou colisão, por que não permitir isso?”, indagra Rafael Scherre, diretor da Susep, ao analisar as alterações do seguro auto a partir de 1º de setembro.
A princípio, as novas regras, segundo a autarquia, visam ampliar o acesso ao seguro auto no Brasil. Isso porque, embora seja a proteção mais popular do país, esse ramo cobre hoje 30% dos veículos em funcionamento. Entre as mudanças, por exemplo, está a possibilidade de o seguro ser contrato mesmo sem a identificação exata do veículo.
Na avaliação da Superintendente da Susep, Solange Vieira, dentro dos avanços promovidos pelo novo marco regulatório, a flexibilização no segmento auto é um exemplo de transformação. Para ela, essa mudança será de forte impacto em termos de possibilidades de desenvolvimento de negócios e inovação. “Esta medida, sem dúvida, propiciará muitas oportunidades para o mercado. Isso ocorrerá principalmente para novos consumidores do seguro. Aqueles que não são proprietários do veículo principalmente, pois precisam do seguro como instrumento de trabalho.
O que vai mudar
- A principal mudança está na possibilidade de o condutor contratar a proteção individualmente, sem identificação do veículo. Desse modo, isso irá funcionar para motoristas de aplicativo ou condutores que alugam veículos constantemente.
- Além disso, a outra novidade é a coberturas de cascos. Ela abrange, de forma isolada ou combinada, diferentes riscos, como furto, roubo, colisão ou incêndio. Nesse sentido, o segurado poderá optar, por exemplo, de contratar a cobertura contra o furto do veículo, mas sem ter cobertura contra colisão. De acordo com a análise dos técnicos da Susep, isso tornaria o produto mais acessível.
- Ainda no marco regulatório, há a possibilidade da contratação de seguro de responsabilidade civil facultativa. Da mesma forma, será viabilizada a admissão de assistência e acidentes pessoais de passageiros vinculados ao condutor. Isso ocorre independentemente de quem seja o proprietário do veículo.
- A Susep também mudará regras que terão impacto direto no preço. As seguradoras passam a ter a possibilidade de cobrar franquia. Sendo assim, isso ocorrerá em casos como: indenização integral ou por incêndio; queda de raio e explosão. Além disso, as companhias podem exigir no contrato que os reparos sejam feitos exclusivamente em oficina da rede credenciada delas.
Contudo, essas são as maiores mudanças do seguro auto que acontece a partir do mês que vem. O que achou? Deixe nos comentários.
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