Com o intuito de se defenderem de possíveis processos sobre a tragédia ambiental de Brumadinho, executivos envolvidos acionaram o Seguro D&O. No caso dos profissionais da Vale, esse seguro não só garante a defesa jurídica, mas também a proteção do patrimônio pessoal.
Após a tragédia, ocorrida em janeiro de 2019, quatro executivos da empresa foram afastados. Um dos responsáveis pelas operações da mineradora corre risco de ser responsabilizado criminalmente pelo acidente.
Comum nos EUA, o Seguro D&O é concedido aos executivos de grandes empresas que têm riscos ambientais ou má conduta diante do cargo. Uma análise técnica sobre barragens preparada pelo especialista em mineração, Juarez Saliba, que é executivo da Vale, e um relatório de governança e risco da auditoria Delloite, que foram pedidos por Fabio Schvartsman antes do acidente de Brumadinho, serão usados pelas defesas dos executivos.
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O rompimento de barragem em Brumadinho resultou em um dos maiores desastres com rejeitos de mineração no Brasil. A barragem de rejeitos, cuja designação oficial era barragem da Mina do Feijão, classificada como de “baixo risco” e “alto potencial de danos”, era controlada pela Vale S.A. Ela estava localizada no ribeirão Ferro-Carvão, na região de Córrego do Feijão, no município brasileiro de Brumadinho.
O rompimento, contudo, resultou em um acidente de grandes proporções. Ele foi considerado como um desastre industrial, humanitário e ambiental, com 231 mortos e 46 desaparecidos, contabilizados três meses depois do desastre.
Parte das informações foram extraídas no portal Terra*