Mitigar riscos que afetam o funcionamento da cadeia logística é a preocupação das empresas que operam no setor
Texto publicado, originalmente, na 47ª edição da revista digital.
Ao fechar um contrato de seguro, uma das grandes preocupações dos transportadores é evitar perdas financeiras diante de um sinistro. Além disso, a preocupação com a segurança e a saúde dos motoristas torna a contratação do seguro fundamental. Embora a transferência do risco seja a finalidade dessa operação, um segmento que depende da atividade humana na estrada precisa de estratégias para diminuir a vulnerabilidade dos trabalhadores.
O gerenciamento de risco é parte integrante dos serviços agregados de uma apólice de seguro de transportes que visa controlar o resultado da operação. Sua funcionalidade, porém, pode ser comprometida se não houver a correta aplicação das regras e definições de maneira adequada à operação do segurado. É o que explica Vanessa Mendonça, cofundadora da Albatroz, a primeira MGA de seguro de transporte do Brasil.

“É fundamental compreender a operação e conhecer a exposição de cada perfil de mercadoria, região, trajetos, embalagens, etc.”, detalha a executiva. Isso é necessário para que a regra de GR adequada seja aplicada, visando, segundo ela, sua efetivação na prevenção de acidentes e perdas. “Não menos importante, além das regras e definições, há também a gestão e acompanhamento das regras que foram definidas, devendo ser cumprida todas as determinações a fim de não comprometer a segurança do transporte”, complementa.
Atualmente, os profissionais que atuam na análise de riscos contam com o apoio da tecnologia. Ao incorporar soluções tecnológicas, as empresas do setor monitoram com mais eficiência suas operações, reduzindo perdas e otimizando seus processos. Na avaliação de Nilton Costa Jr., Head de Rastreamento e Telemática da Delta Global, o apoio tecnológico é fundamental na gestão de riscos no transporte.
Ele explica que os sistemas de rastreamento em tempo real, sensores inteligentes e análise de dados monitoram a localização de cargas e veículos, identificam desvio de rotas e outras irregularidades, além de prever possíveis riscos com base em dados históricos. Além disso, a inteligência artificial começou a desempenhar um papel importante, permitindo a identificação de padrões e a tomada de decisões mais precisas.
“Com a implementação dessas tecnologias, as empresas do setor conseguem reduzir significativamente o número de roubos, otimizar suas operações e oferecer serviços mais seguros aos seus clientes”, salienta o especialista. Além disso, segundo ele, as seguradoras podem utilizar esses dados para avaliar melhor os riscos e oferecer seguros personalizados, com preços mais competitivos e coberturas mais adequadas. “A tecnologia, portanto, representa um avanço significativo na gestão de riscos no transporte, contribuindo para a segurança e a eficiência do setor”, destaca o especialista da Delta.

Trabalho humano e digital
À medida que a tecnologia avança no mercado de seguros, profissionais do segmento passam a se adaptar ao novo cenário e a utilizá-lo a seu favor. Na gestão de risco no transporte, Nilton Costa Jr. conta que a Delta Global oferece soluções completas e personalizadas. Entre as ferramentas está o Delta Safe, desenvolvido pela companhia e fabricado 100% no Brasil.
“A empresa garante o monitoramento preciso e em tempo real de veículos e cargas. A interface homem-máquina é via aplicativo, que pode tanto ser um tablet da Delta ou o próprio celular do motorista, eliminando a necessidade de teclados”, conta Nilton. A empresa possui também a Delta Fleet, que oferece uma interface intuitiva para análise de dados e tomada de decisões.
Além disso, a companhia disponibiliza um serviço de monitoramento 24/7, “com uma equipe especializada e protocolos personalizados para cada cliente”, pondera o especialista. Essa ferramenta, segundo ele, assegura uma resposta rápida e eficaz em caso de incidentes, minimizando perdas e garantindo a segurança das operações.
Especificamente para o corretor de seguros, o principal canal de distribuição de seguro de transporte do país, a Albatroz MGA oferece maior capilaridade nacional, além de serviços digitais.
A empresa, segundo Vanessa, possui uma plataforma intuitiva a qual o corretor pequeno, mesmo sem conhecimento técnico em transportes, consegue solicitar e obter uma cotação de seguro.
“O digital reduz o custo operacional e aumenta a eficiência para o corretor fechar negócio”, pontua a executiva.
Vanessa destaca que a Albatroz MGA desburocratiza toda a contratação e a manutenção do seguro de transporte, tendo o corretor como peça central. “Trouxemos ao corretor pequeno e médio a possibilidade de iniciar neste segmento mesmo sem ter muito conhecimento do produto de transportes”, destaca. Ela lembra que a empresa é a única MGA 100% digitalizada e integrada por API com a seguradora.
O setor de transporte é um dos mais importantes para o Brasil. Portanto, proteger esse segmento significa contribuir para uma economia nacional estável. A tecnologia chegou para aumentar a segurança das transportadoras e dos motoristas na estrada, além de auxiliar os profissionais que atuam diretamente no processo da contratação de seguros.