Pioneira em soluções de acesso à saúde, TEM Saúde avança no setor com novos serviços focados em atenção primária
Em 8 anos de atividade, a TEM Saúde atendeu mais de 6 milhões de usuários e viveu um importante momento de adaptação durante a pandemia. Para apresentar ao mercado seu novo Ecossistema de Negócios de Saúde, a empresa passou por transformações que incluíram a reestruturação do parque tecnológico, contratações de peso, a aquisição de uma franqueadora com clínicas populares e seu recente M&A com a empresa de atenção primária para mulheres, Bella & Materna.
De acordo com a vice-presidente comercial da empresa, Mariana Esteves, o board da companhia enxerga os próximos anos como uma oportunidade de ampliar sua oferta de serviços para um setor que passa por momentos conturbados.
Ao falar sobre oportunidades, a executiva refere-se ao setor de saúde suplementar, ainda inexplorado pela companhia. “Ao incluir em nosso ecossistema trilhas de cuidados focadas na manutenção da saúde, nós criamos serviços que, além de promover acesso à saúde, serão aliados dos RHs e Operadoras de Saúde no mapeamento e manutenção da saúde de suas populações. Isso impacta diretamente na redução da sinistralidade e no custo das contas de saúde. Essa é a mudança de paradigma”, explica Mariana.
A executiva também destaca que a mudança deve ser de grande valia para seus atuais parceiros, já que a experiência adquirida com a carteira atual permite oferecer as novas soluções também ao mercado de massificados. “Aumentamos o portfólio com serviços exclusivos e de alto valor agregado, isso mantém nosso propósito de cuidar de cada vez mais pessoas”, afirma.
Nesse sentido, o plano promissor de democratizar o acesso à saúde de qualidade construído em 2015, atinge um novo estágio. Oferecer experiências relacionais aos seus usuários para garantir cuidado continuado é a nova aposta da TEM Saúde.
“As pessoas tratam de doenças quando elas aparecem, mas da saúde elas cuidam. Cuidar é um conceito que vem antes da necessidade. Esse é nosso mais novo propósito”, comenta Mariana.
Com o primeiro produto do novo ecossistema anunciado ao mercado em meados de maio, a empresa propõe acompanhar mulheres em diversas fases da vida e oferece atendimento 24/7 com enfermeiras especialistas em saúde da mulher.
COMO FUNCIONA O ECOSSISTEMA DE SAÚDE
“Enxergue a TEM como uma administradora que faz a gestão ponta a ponta de uma ampla rede de profissionais e parceiros, que pode ser segmentada para criar muitos produtos. Podemos viabilizar uma série de serviços personalizados para serem distribuídos em canais B2B2C, e agora também, de produtos específicos para o B2B”, explica Mariana.
Com o portfólio de produtos mais robusto e, por meio de uma plataforma tecnológica com inteligência de dados, criou-se uma segmentação de soluções nas quais a equipe de marketing separou em verticais de negócios:
- Mulher – Cuidados específicos com a saúde feminina;
- Bem-estar – Saúde mental, fitness e nutrição;
- Farmácia – Produtos de desconto e subsídio de medicamentos;
- Acolher – Com trilha de cuidados para pacientes crônicos e graves; entre outros
Isso só foi possível porque a TEM Saúde idealizou sua operação baseada em um modelo de negócio transacional, que permite rastrear toda a jornada de utilização dos seus usuários. A equipe da TEM Saúde entendeu observando sua própria base de usuários que poderia segmentar produtos e oferecer soluções direcionadas aos canais.
A escolha de iniciar a nova fase com o lançamento de produto para o público feminino, atende à demanda do mercado e foi oportunizada pela sinergia entre os negócios da TEM e da healthtech Bella & Materna.
Criada em 2018, a startup tem um objetivo: cuidar da saúde da mulher e da jornada desde quando ela nasce. “É preciso acompanhar a mulher nos desafios que ela tem, olhando com cuidado especial cada momento da vida e disponibilizar profissionais 24 horas por dia que possam formar vínculo com ela”, explica Simone Renata Rodrigues, CEO da empresa.

“As operadoras enxergam a Bella&Materna como uma redutora de custo, sendo uma alternativa para a mulher procurar atendimento imediato e tirando-a da fila do pronto socorro. Reduzimos, portanto, a sinistralidade, os custos da cadeia de saúde e trazemos conforto e segurança para a paciente”, ressalta Simone.
UMA HISTÓRIA DE DEMOCRATIZAÇÃO DE ACESSO À SAÚDE
O setor de saúde suplementar passou por importantes mudanças nos últimos anos, sobretudo no que diz respeito à Atenção Primária à Saúde (APS), um conjunto de ações que focam na prevenção, no diagnóstico, na promoção e na redução de danos ao paciente. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), esse modelo pode atender de 80% a 90% das necessidades da saúde de um indivíduo ao longo da vida.
Porém, mesmo com os recentes avanços, nem todos conhecem a importância da APS. Fundada em 2015, a TEM Saúde nasceu com o propósito de democratizar o acesso à saúde para o público desassistido pelos planos, mas que desejava um acompanhamento médico alternativo ao Sistema Único de Saúde (SUS).
“Entre os planos e o SUS, existia 75% da população desatendida. Entendemos na época que tinha uma grande oportunidade de propor um novo modelo de negócio, conectando a população carente de cuidado médico à medicina de qualidade com preço que poderia pagar”, lembra Mariana.
Mas a verdadeira mudança proposta pela companhia foi a de levar esses serviços para os canais de afinidades, que até 2015 nunca haviam sido utilizados para distribuir serviços de saúde. “O modelo de negócios da TEM dispensa a análise de perfil do cliente e, por isso, conseguimos massificar a distribuição, permitindo que grandes marcas oferecessem acesso à saúde para seus consumidores”, destaca.
Por natureza, a companhia é uma finhealthtech, uma combinação de saúde com tecnologia e finanças. “A gente não queria ser só um cartão de desconto. Então, construímos uma plataforma tecnológica que está ligada a uma rede de saúde de consultas e exames médicos, odontológicos, psicológicos, fisioterapêuticos, entre outras modalidades”, ressalta Mariana.
Por meio dessa plataforma e de uma solução financeira, que no início era um cartão pré-pago, mas que evoluiu para uma carteira digital, a empresa começou a conectar a população com esses serviços.
“A decisão de atuar em um mercado em criação, com um modelo de negócio disruptivo, que utilizava premissas do mercado financeiro para oferecer acesso à saúde popular foi desafiadora, mas nos ofereceu uma grande quantidade de dados que agora está nos permitindo dar nosso próximo passo”, comemora.
Com os primeiros anos de conquistas e ideias disruptivas, o mercado deve estar ansioso para vivenciar os próximos oito anos da TEM Saúde.
Conteúdo publicado, originalmente, na 33ª edição da revista: