Fevereiro foi o terceiro mês consecutivo de alta com índice de 6,7%, segundo estudo desenvolvido pela TEx
O início de 2023 está sendo oneroso para quem precisou renovar o seguro auto. Um levantamento realizado pela TEx mostra que o valor nos primeiros meses está mais alto em comparação aos mesmos períodos dos anos anteriores, atingindo o índice mais caro em 26 meses. Fevereiro registrou o terceiro mês seguido de alta, com índice de 6,7%, um aumento de 17,5% no valor dentro do período de um ano.
De acordo com o CEO da TEx, Emir Zanatto, o setor ainda sente os efeitos da pandemia, sobretudo na indústria automobilística. “Vimos no mês passado montadoras diminuindo a produção justamente pela falta de peças na cadeia de suprimentos do setor, levando o encarecimento de veículos seminovos e usados”, explica o executivo.
O aumento de roubos e furtos em determinadas regiões do Brasil também agravou o aumento dos preços, segundo o executivo. “A dificuldade sentida pela indústria na aquisição de peças também impacta o seguro, uma vez que potencializa o comércio de peças paralelas o que leva ao aumento de roubo e furto de veículos. Esse aumento na incidência dos crimes é outro fator que contribui para o reajuste dos preços por parte das Seguradoras”, explicou.
O professor João Paulo Santiago, 27, morador do Guarapiranga, bairro da Zona Sul de São Paulo, adquiriu no fim do ano passado um Renault Duster seminovo. Para formalizar a contratação do seguro, ele teve que reduzir as coberturas a ponto de o valor se adequar ao seu bolso. “Tirei todas as coberturas possíveis, ficando apenas com roubo, furto, sinistros a terceiros, perda parcial e perda total. O valor está caríssimo”, reclama.
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Diferença por região
A região onde o segurado reside é um fator muito importante na precificação do seguro, pois interfere diretamente nas taxas de roubo e furto. “Ao analisar por região, podemos observar que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro pagou 7,5% (do valor do seguro do carro), 66,6% a mais em comparação à Região Metropolitana de Belém, que teve o valor do seguro do carro na casa dos 4,5%”.
Especificamente na cidade de São Paulo, o IPSA revela que o seguro na Zona Leste é 75% superior à região central. Já em Belo Horizonte o índice apresentou uma amplitude menor: a Zona Norte da capital mineira, região com maior índice da cidade, pagou 64,3% a mais do que o Centro, região com o menor índice. Na capital fluminense, a Zona Norte apresentou o maior índice (8,6%) enquanto a Zona Sul do Rio de Janeiro obteve o menor valor (4,7%).
Já o Centro de Recife, segundo índice mais caro, é apenas 21,3% maior que a Zona Noroeste, índice mais barato, sendo ao mesmo tempo 22% menor que a Zona Sudoeste, índice seguinte e o mais caro da capital pernambucana, o que denota certo desequilíbrio entre esta região e o restante da cidade.
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