Aumento na compra de bikes e a dinâmica do seu preço impulsionam a procura pelo seguro
Há dois anos, o filósofo João Paulo Santiago passou a ir trabalhar todos os dias de bicicleta. A exceção acontece nos dias chuvosos e quando a temperatura cai. “Desde sempre tive a intenção de utilizar esse meio rápido e prático para chegar ao meu trabalho”, explica. Seu veículo de duas rodas está avaliado em R$ 2 mil, mas hoje possui o mesmo valor de uso do seu carro, que, ao contrário da bike, possui seguro desde a primeira semana de compra.
“Embora eu saiba dos riscos, não tenho seguro porque nunca parei para pensar nisso”, revela o ciclista. Apesar do crescimento na compra de bicicletas do país, em junho deste ano o portal Aliança Bike revelou que cerca de 100 mil delas estão seguradas. Promovida pelo IBGE, uma análise de março deste ano estimou que existiam cerca de 33,2 milhões de unidades nas residências brasileiras.

Duily Cicarini, CEO da Velo Seguro, corretora especializada em proteção nesse nicho, atribui a baixa penetração à informalidade do mercado. “O setor precisa ter mais formalização e rastreabilidade. Nenhuma bicicleta possui, por exemplo, um número de série. Um dia ela é roubada e na outra semana está à venda na internet”.
Junto desse problema crônico, o executivo diz que o setor de seguros ainda não possui apetite suficiente para entrar no mercado de bikes. “Apesar de termos iniciativas interessantes em algumas companhias, muitas delas torcem o nariz. Mesmo assim, nos últimos anos essa carteira amadureceu bastante com soluções que atendem à demanda do ciclista”.

Uma das seguradoras que apostam nesse segmento é a Argo Seguros, detentora do pioneirismo dessa proteção no Brasil, em 2012, e que desenvolve anualmente produtos a fim de atender as necessidades dos ciclistas. Atualmente, as coberturas disponíveis pela companhia englobam bicicletas com valores entre R$ 1.500 a R$ 100 mil, de todos os modelos, sejam elétricos de até 800w, bikes novas ou de até as com 10 anos de uso.
Para atender todos os potenciais segurados, a companhia criou produtos não só para atletas de alta performance, mas também para amadores, que costumam passear, ou ir ao trabalho. A linha Bike Basic, por exemplo, dispõe de coberturas reduzidas, como roubo e furto qualificado, a partir de R$ 75 por ano.
Segundo Fernando Gonçalves, Head de Financial Lines, Garantia e P&C da seguradora, a bicicleta se torna cada vez mais um modal de transporte urbano, sobretudo em cidades mais estruturadas. “Oferecemos amplas possibilidades de contratação, trabalhando com perfis de profissionais e de amadores, um pouco para cada tipo de uso. Dentro das nossas ofertas, por exemplo, segmentamos um produto para as mulheres, o ‘Bike Mulher’.

Como contratar o seguro bike
Na Argo Seguros, a contratação é feita online, por meio de um corretor parceiro da companhia. Embora a compra do seguro seja simples, Fernando alerta sobre a necessidade da presença de um profissional para intermediar o investimento e esclarecer eventuais dúvidas acerca do contrato, além de atender o segurado quando acontece um sinistro.
“O corretor é essencial para qualquer venda de seguros no Brasil. Ele oferece ao cliente a garantia de que um especialista analisou as condições gerais da apólice. No momento do sinistro, esse profissional é a peça chave para prestar um atendimento qualificado ao segurado”, observa o executivo da Argo.
Fernando destaca, ainda, que essa carteira foi desenvolvida a partir do feedback dos próprios corretores. “Eles estão próximos dos clientes e, por isso, entendem as particularidades deles. O mercado não se desenvolve sem a presença desse profissional. Por isso, valorizamos esse relacionamento com ele”.
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Leia, por fim, a 19ª edição da revista:
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