Levantamento da NordVPN mostra que população passa 54% da sua vida na internet; alternativas para ampliar a venda online é uma tendência no mercado de seguros
Não é novidade afirmar que o digital faz parte do presente. A forma na qual as pessoas trabalham, compram e conduzem negócios mudou de forma acelerada. De acordo com um levantamento da empresa NordVPN, sobre os hábitos digitais dos brasileiros, os internautas passam mais de 41 anos na internet, o que equivale a 54% do tempo de vida média da população.
A presença no digital mudou a maneira como as empresas alcançam os clientes. No setor de seguros dos Estados Unidos, por exemplo, um estudo realizado pelas consultorias Big I e Reagan Consulting mostrou que 88,9% das corretoras de pequeno e de médio porte estão no Facebook, enquanto 77,8% estão no LinkedIn. Já, 79,5% das corretoras maiores, com receita superior a US$ 25 milhões, estão no Facebook, enquanto 97,4% delas estão no LinkedIn.
O diretor comercial da JMorato Consultoria em Seguros, Julio Morato, avalia que o mercado segurador brasileiro demorou para entender a dinâmica do ambiente online. “Precisamos recuperar o tempo perdido”. Com os clientes exigindo prontidão no seu atendimento, o executivo entende que as corretoras precisam investir em tecnologia para atender esse público, mas sem dispensar o contato humano. “As ferramentas como o Whatsapp Business e os Chatbots são facilitadoras, mas o atendimento personalizado sempre será primordial”.
Embora alguns erros possam ser cometidos durante esse processo de aprendizado, Morato entende que o ambiente digital oferece uma série de oportunidades para os corretores. “Cada desafio será uma chance de crescimento. Vamos encarar essa jornada com determinação e prontidão para nos adaptarmos rapidamente às demandas”, comenta.
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Um exemplo no mercado de seguros
“É importante compreender o setor, sobretudo o mercado de seguros online, incluindo tendências, concorrências e preferências do cliente”, aponta o diretor comercial da JMorato. Uma das adaptações que hoje faz sucesso é o seguro para smartphone. Um balanço realizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostrou que a procura pelos seguros patrimoniais — que incluem proteção de celular, bicicleta e notebooks, por exemplo — cresceu 17,3% de janeiro a novembro de 2023.
No ano passado, a Pitzi, empresa que há 11 anos oferece proteção para smartphones, fechou com crescimento de 60% nas vendas online. A vice-presidente comercial e de marketing da companhia, Tatiany Martins, conta que o perfil de consumo mudou e, o que antes era considerado um diferencial, hoje é uma expectativa dos consumidores.
De acordo com a especialista, a Pitzi busca fazer uma indenização rápida, além de um acompanhamento da jornada, responsável em manter os clientes informados sobre o andamento da solicitação até a reposição do aparelho. “Com nossos recursos avançados de triagem, mais de 90% das solicitações são processadas no mesmo dia”, revela.
Para exemplificar, Tatiany lembra do caso da aposentada Ana Angélica Gonçalves, que no mês de março teve seu celular roubado no Rio de Janeiro. “Fui roubada em um fim de semana, nas proximidades da Avenida Rio Branco, no caminho para o metrô na estação Carioca. É sempre um susto quando isso acontece”, conta a segurada.
Na semana seguinte, entrou em contato com o suporte da Pitzi pelo WhatsApp e providenciou o pagamento da franquia. “Em menos de dez dias enviaram um novo smartphone para o meu endereço”, lembra. Por fim, Ana Angélica conta que teve um atendimento personalizado nos canais digitais. É inviável ficar sem uma proteção para o celular”, conclui.
