Com as compras online aquecidas neste fim de ano, especialista da Insert Seguros dá 4 dicas para transportadores evitarem contratempos na última etapa do processo de entrega do produto
Falta pouco para 2023 acabar e as tradicionais compras de fim de ano já começaram. Esta é a época em que as lojas se movimentam para oferecer produtos com preços mais baixos para o consumidor, que, por sua vez, está anualmente mais ativo no e-commerce. Segundo dados do Ministério doA movimentação no ambiente online aumenta a demanda na cadeia logística. As transportadoras sentem o efeito direto do crescimento das compras pela internet e adotam medidas de gerenciamento de risco Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a estimativa é que este ano o comércio online movimente R$ 186 bilhões, um crescimento de 9,5% em relação a 2022.
A movimentação no ambiente online aumenta a demanda na cadeia logística. As transportadoras sentem o efeito direto do crescimento das compras pela internet e adotam medidas de gerenciamento de risco contra eventuais incidentes. A preocupação mais recorrente é na operação conhecida como ‘last mile’, quando o produto está na última etapa para ser entregue ao consumidor final
Na avaliação de Marcos Coimbra, Analista de Gerenciamento de Risco da Insert Seguros, essa etapa da entrega é crucial para assegurar a eficiência do processo. “Considerando a complexidade, diversos aspectos devem ser cuidadosamente planejados e executados para mitigar quaisquer potenciais contratempos”, alerta.
Por isso, Coimbra separou quatro dicas para o transportador, junto com seu corretor de seguros, evitar prejuízos:
Motoristas qualificados
A contratação de motoristas é um ponto crucial. Selecionar profissionais qualificados, com histórico e habilidades adequadas, é essencial para garantir a confiança no serviço prestado. Além disso, é importante fornecer treinamentos específicos sobre segurança e procedimentos para lidar com situações de risco durante as entregas.
Mapear as áreas de risco
O mapeamento de áreas de risco é uma estratégia fundamental. Identificar zonas problemáticas, como regiões com altos índices de criminalidade ou problemas de tráfego, permite o desenvolvimento de rotas alternativas ou a implementação de medidas de segurança específicas para essas áreas.
Especificamente neste item, Coimbra alerta que é preciso avaliar a singularidade das regiões para entender qual será o modelo de carro utilizado na entrega. “Na Zona Leste de São Paulo, por exemplo, o Uno e o Onix, veículos da Fiat e da Chevrolet respectivamente, são mais roubados. Por isso, devemos evitar colocar esses automóveis em circulação nesses bairros”.
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Iscas de segurança
O uso de tecnologias inovadoras desempenha um papel crucial no gerenciamento de risco. Iscas de segurança e aplicativos logísticos especializados oferecem ferramentas valiosas para acompanhar as entregas em tempo real, permitindo a intervenção imediata em caso de incidentes ou desvios não planejados.
Mapear horários
Mapear horários por regiões de alto risco é uma estratégia inteligente. Compreender os horários de maior vulnerabilidade em áreas específicas possibilita a programação de entregas em momentos mais seguros ou a implementação de medidas extras de segurança durante esses períodos críticos.
De acordo com o especialista da Insert Seguros, a junção dessas ações mitigam os potenciais riscos no transporte. “Ao integrar todos esses elementos, as empresas que lidam com operações last mile podem aprimorar significativamente o gerenciamento de riscos, garantindo entregas mais seguras, eficientes e confiáveis para seus clientes”, salienta.
Roubo de cargas é a principal razão dos sinistros
O extravio da carga ocasionado pelo roubo é a maior preocupação dos transportadores rodoviários. Segundo dados do estudo “Brasil: Relatório Trimestral do Roubo de Carga” do primeiro semestre deste ano, foram registradas 17 mil ocorrências no país, representando um aumento de 5,5% em comparação com o mesmo período de 2022.
Em épocas festivas, alguns modelos de veículos de pequeno porte ficam escassos por terem o aspecto de carga. “Nessas ocasiões, os transportadores devem optar por contratar motoristas, que até já trabalham em aplicativos de viagem, para utilizarem seu carro de passeio”, alertou Coimbra.
De acordo com a NTC&Logística, as cargas mais visadas são: eletroeletrônicos, cigarros, produtos farmacêuticos, têxteis, autopeças e combustíveis. No ano passado, smartphones, televisão e fogões de cozinha foram os mais comprados no e-commerce, somando R$ 45 bilhões.
Leia, por fim, a 37ª edição da revista: