Confira três tendências para o mercado de seguros, segundo estudo

Confira três tendências para o mercado de seguros, segundo estudo

Levantamento da TransUnion destacou o Aumento na digitalização de processos, promoção à igualdade no atendimento aos serviços e adoção à telemática como conceitos que moldarão a indústria de acordo com a empresa

A pandemia global acelerou a aceitação do consumidor à digitalização da apólice e esse impulso provavelmente se estenderá por mais tempo. Essa é uma das visões trazidas pelo relatório de tendências e perspectivas mundiais para o mercado de seguros, idealizado pela TransUnion, empresa global de informações e insights.

O estudo entrevistou 2.761 consumidores nos EUA, que possuem apólices ativas de automóveis, proprietários, locatários e/ou seguros de vida. A partir dessa análise, a companhia aponta tendências que podem ajudar o setor securitário brasileiro a aprimorar sua abordagem em meio às transformações tecnológicas e do comportamento do usuário.

Segundo Rafael Quintana, Head da Vertical de Seguros da TransUnion Brasil, as descobertas do estudo destacam as atitudes de consumidores em relação às compras de seguros on-line, automóveis e propriedades telemáticas, conceito que envolve dispositivos que monitoram e relatam comportamentos ao dirigir ou condições de risco à propriedade.

“Mesmo tendo como base o público norte-americano, a análise traz um esboço de como será o mercado de seguros em outras localidades. No caso do Brasil, o setor de seguros precisará igualmente atender às crescentes demandas por processos digitais”, completa Quintana.

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CONFIRA A SEGUIR AS TRÊS TENDÊNCIAS MAIS QUENTES PARA O SETOR DE SEGUROS:

1. Os consumidores buscam cada vez mais uma experiência digital

O maior grupo de respondentes da pesquisa foi composto por consumidores de seguros de vida e de linhas pessoais, patrimoniais e de automóveis. Uma das descobertas mais importantes deste grupo foi que preferem interagir e solicitar cotações por canais digitais, como e-mail e aplicativos móveis. As médias combinadas das pessoas que preferem e-mail (29%) e das que preferem o aplicativo móvel ou site de uma seguradora (23%) mostram que mais da metade (52%) prefere um canal digital.

Além disso, a porcentagem média de clientes que indicaram o aplicativo móvel ou o portal do site de uma seguradora como seu canal de comunicação preferido representou um aumento de 28%, em relação à pesquisa divulgada no ano passado nos Estados Unidos.

De acordo com o estudo, o aumento do uso de canais online terá várias implicações na cadeia mundial de seguros. Com isso, espera-se que as seguradoras criem experiências digitais perfeitas e seguras em todas as fases do ciclo de vida da apólice.

2. A digitalização facilitará a igualdade no acesso a serviços de seguros à população

A mudança contínua para a subscrição digitalizada e acelerada é impulsionada em grande parte pelo acesso a Pontuações ou Scores de Seguro Baseados em Crédito (em inglês CBIS – Credit-Based Insurance Scores) e outros dados de terceiros.

No entanto, em anos mais recentes, o uso do CBIS no processo de subscrição de seguros tem estado sob análise por certos grupos de defesa do consumidor e reguladores. Fornecer evidências de que a prática expandiu a disponibilidade de seguros em muitos casos – e que muitas vezes funciona em benefício de clientes em todos os segmentos de risco – será necessário para demonstrar que o CBIS é um elemento crítico no processo geral de subscrição de seguros.

Por exemplo, o relatório explica que o uso expandido de subscrição acelerada e orientada por dados muitas vezes reduziu os preços para clientes com boas pontuações de risco que, de outra forma, poderiam ter sido injustamente prejudicados por serem locatários em vez de proprietários de casas.

No setor de seguro residencial comercial, a pontuação agregada de crédito dos inquilinos pode reduzir as taxas de seguro pagas pelos proprietários, que de outra forma poderiam ter sua apólice precificada apenas pela localização e idade de um edifício. Essa economia, por sua vez, pode permitir que os proprietários reduzam o aluguel, potencialmente criando moradias mais acessíveis para os consumidores.

3. A telemática se tornará popular entre os consumidores de seguros de automóveis

A pesquisa com consumidores também descobriu que 32% das pessoas entrevistadas disseram ter recebido uma opção de telemática (por telecomunicações ou outras tecnologias como softwares e sistemas de rede) para sua apólice de seguro de automóvel. 

Esses programas podem usar dispositivos conectados, telefones celulares ou aplicativos de carros de fabricantes de automóveis para monitorar e relatar o comportamento detalhado de direção, e 49% disseram que optaram pelo programa.

As taxas de seguro diminuíram para quase metade (48%) dos inscritos em um programa de telemática, mantendo-se o mesmo para 30%. No geral, quase dois terços das pessoas consumidoras (64%) estavam “muito satisfeitas” ou “extremamente satisfeitas” com a experiência em telemática e 26% eram “neutras”. Em linha com os índices de satisfação, 64% disseram que ainda estão usando o programa de telemática.

O seguro comercial apresenta uma oportunidade significativa para a telemática, pois muitas pessoas da liderança empresarial podem estar mais abertas a instalar essas ferramentas em veículos corporativos para incentivar suas equipes a dirigirem com mais segurança.

No entanto, as pessoas proprietárias pareciam menos abertas ao uso de dispositivos conectados para monitorar sua casa ou condomínio para alertar sobre incêndios, inundações e outros riscos. Quando perguntadas se permitiriam que uma seguradora instalasse e monitorasse tal dispositivo em sua casa, apenas 33% das pessoas entrevistadas disseram que sim, enquanto 26% estavam indecisas.

“A hesitação de consumidores em adotar dispositivos conectados para automóveis e residências foi uma descoberta interessante”, compartilha Rafael Quintana. “Isso significa que as seguradoras precisarão convencer clientes de que a telemática é sobre monitorar comportamentos de direção e a condição de eletrodomésticos, a exemplo de aquecedores de água e fornos, para garantir a segurança das pessoas. Não sobre coletar suas informações pessoais”, finaliza o executivo.

Leia, por fim, a 23ª edição da revista:




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