Diante da disseminação do novo coronavírus chinês e da perturbação que causa, empresas e turistas terão dificuldade em obter indenizações de seguradoras que frequentemente se recusam a cobrir epidemias desse tipo.
Fonte: IstoÉ Dinheiro
Embora seja difícil, nesta fase, avaliar o impacto econômico do vírus, que já deixou mais vítimas na China que a SARS no início dos anos 2000, ele perturba os planos de muitos turistas e cadeias de abastecimento.
Mas obter indenização será um obstáculo e ocorrerá nos detalhes dos contratos, especialmente para empresas presentes em vários territórios.
É, por exemplo, improvável que os seguros contratados ao comprar uma viagem cubram epidemias.
Leia também:
Seguros de empresa em geral excluem epidemia
Em vez disso, os turistas deverão procurar seus fornecedores de cartão de crédito, ou operadoras de turismo, para reembolso em caso de cancelamento, ou custos médicos.
Para as empresas, especialmente as companhias aéreas que interromperam ou reduziram o serviço para a China, pode até não haver qualquer recurso. É o que alerta Clarissa Franks, diretora de gerenciamento de riscos da corretora londrina Marsh.
“O diabo está realmente nos detalhes”, disse ela à AFP, enfatizando que certas disposições nas apólices de seguro podem cobrir doenças transmissíveis, mas que, em geral, epidemias como o coronavírus são excluídas.
– “Converse primeiro com a seguradora” –
O novo vírus contaminou mais de 20.400 pessoas. Dado isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a epidemia como uma “emergência de saúde pública de alcance internacional”. Entretanto, nesta terça-feira (4), a organização ainda não classificou como pandemia.