Evento que aconteceu nesta terça-feira, 6, em São Paulo, contou com um painel sobre Joint-Ventures, MGA, Partnership e Balcões
A tecnologia no mercado de seguros impulsionou o desenvolvimento de variados modelos de distribuição e de desenvolvimento de produtos. Entre eles estão a Joint-Venture, a MGA, o Partnership e os Balcões. Esse foi um dos temas de discussão do Insurtech Brasil 2023, que no painel contou com a presença de especialistas responsáveis por cases importantes na indústria.
Em um modelo de MGA, a Hero, por exemplo, fechou uma parceria com a Too Seguros em junho de 2022. Em pouco tempo, a Insurtech tornou-se o braço de seguro viagem da seguradora. “Tudo começou muito dentro da Hero e a Too acompanhou. Sem eles o negócio não aconteceria. No começo, é uma grande aposta por parte da seguradora e, por conta disso, a gente decidiu investir no capital regulatório”, contou Raphael Swierczynski, CEO da Hero Seguros.
O executivo destacou que a intenção nunca foi de abrir uma seguradora ou corretora digital. Ele acredita que, enquanto a primeira é engessada, a outra é ágil, mas não dona do produto. “O modelo MGA permite trazer toda jornada para seu controle. A Hero começou com seguro viagem, tratando as dores de precificação, integração e atendimento”.
Na análise de Swierczynski, o modelo MGA dá maior flexibilidade à empresa, permitindo trazer toda a jornada para o seu controle.
“A MGA permitiu desenhar produtos, precificar, distribuir, regular e pagar sinistros. De fato fazemos de ponta a ponta, tendo mais capacidade de melhorar a jornada do cliente durante todo o percurso”, contou. “O representante consegue, nesse modelo, abarcar todos os momentos de jornada do produto. Para a seguradora aceitar, você tem que comprovar suas capacidades”, complementou.
Na painel mediado por Marcel Giacon, Diretor de Canais Digitais & Bancassurance da FF Seguros, participou também Alvaro Ximendes, Head de Meios de Pagamento e Soluções Financeiras da KaBuM, e-commerce de tecnologia e games.
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A empresa passou a oferecer seguros na sua plataforma para o público gamer e chegou à taxa de conversão de 60% dentro do seu modelo de negócio. “É um modelo nichado, potencialmente grande. Fizemos essa parceria para precificar o produto que faria sentido ao consumidor. O público gamer é antenado, lê as regras e, por isso, é diferente da maioria dos outros segmentos. O modelo amadureceu junto ao parceiro que aceitou segurar esse risco. Esse é o público que mais cresce”, comentou Ximendes.
O Head da KaBuM lembrou também que o ecossistema das empresas como a Magazine Luiza, por exemplo, se complementam ao procurar entender o que tem de oportunidade.
“A KaBuM é focada na experiência de jornada, potencializando cliques e facilitando a vida do cliente” concluiu o especialista. Para o futuro, Ximendes planeja trazer novos produtos para esse público.
Para o CEO da Hero Seguros, as empresas que nasceram para ser ágil dão muito mais fluidez para o setor. “O mercado tem se agilizado, mas é completamente inviável achar que uma seguradora consegue ter velocidade na distribuição. A parceria e a colaboração é fundamental”, finalizou.
Leia, por fim, a 33ª edição da revista: