Por: Emir Zanatto, CEO da TEx
Na adolescência, após jogar basquete por alguns anos, comecei a jogar handball no colégio. Lá tive a oportunidade de ser treinado por um cara espetacular, o Renilson.
Conversando no caminho para os jogos, Renilson muitas vezes nos perguntava: “E aí, tá com frio na barriga?”. Na sequência, antes mesmo da resposta, ele emendava: “Se não estiver, me avisa, porque então hoje você não vai jogar!”.
Sempre achei isso interessante, porque o Renilson não só “normalizava” o medo, como o tratava como um elemento importante, um diferencial, algo que inclusive nos ajudaria a jogar melhor.
Já mais velho, lendo sobre Fórmula 1, me chamou a atenção o fato de que alguns pilotos, como o James Hunt, chegavam a passar mal e até mesmo a vomitar antes das corridas.
Mas esses caras não são os melhores? Eles não fazem isso há bastante tempo? Não são os pilotos com equipamentos e equipes de ponta? Pode ser, mas a verdade é que nada disso é garantia de sucesso. É preciso que o piloto esteja preparado para os imprevistos e se sinta desafiado com as tantas possibilidades à frente.
Essa é a lógica que o Renilson enxergava para o jogador de handball, e serve também para todos nós, operadores da indústria de seguros. Sim, com inúmeras mudanças em nosso caminho, diversas oportunidades serão reveladas e poderão ser exploradas. Mas por quem? Certamente não será pelos que estiverem “confortáveis”, pelos que não se prepararam, pelos que não sentem nenhum frio na barriga.
Já estamos trabalhando com o Open Insurance, o Open Banking e no caminho para o Open Finance. Como você se sente em relação a todas essas mudanças? Está plenamente confortável? Eu não estou e não pretendo ficar, assim como outros tantos do nosso mercado! E não tenho dúvidas de que isso tem feito com que nós – TEx, Corretoras Clientes e Seguradoras Parceiras e Clientes – tenhamos trabalhado de forma conjunta, com máximo alinhamento. Porque só assim, nos desafiando, é que seremos os agentes das mudanças e não meros expectadores.
Não estejamos confortáveis! Nos desafiemos a fazer melhor, melhor e melhor. Todos os dias. Iremos errar? Iremos. Mas o que é o erro senão o melhor catalisador de inovação?
O estado natural das coisas não deve ser o repouso!
E aí, está com frio na barriga?
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