Da esquerda para a direita: Edna Vasselo Goldoni, Marcia Ribeiro, Juliana Nascimento e Liliana Caldeira
Painel da Expo ABGR 2025 reúne lideranças femininas para debater avanços, desafios e caminhos para a equidade de gênero e o fortalecimento do empreendedorismo no mercado de seguros
A diversidade e o protagonismo feminino estiveram em pauta no XVI Seminário de Gestão de Riscos e Seguros – Expo ABGR 2025, realizado nos dias 12 e 13 de agosto, em São Paulo. O evento reuniu mais de três mil participantes. O painel Empreendedorismo: Mulheres nos Negócios e na Diversidade destacou avanços, desafios e perspectivas para a equidade de gênero no setor.
Juliana Nascimento, Superintendente de Riscos, Compliance e Atuarial na Sompo Seguros, apresentou o Gender Gap Report. O estudo aponta que a América Latina é a região mais próxima de alcançar a equidade de gênero. Ainda assim, a previsão é de 57 anos para atingir a meta. “As iniciativas da América Latina têm surtido muito mais efeito globalmente”, afirma.
Além disso, durante a sua apresentação a executiva lembrou que, mesmo se dedicando mais aos estudos, as mulheres ainda enfrentam barreiras para ascender profissionalmente. “A mulher tem que estudar e se capacitar muito mais para chegar em posições que o homem consegue com um índice de escolaridade muito menor.”
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Liliana Caldeira, presidente da Sou Segura, reforçou que a missão da entidade é trazer dados concretos para conscientizar as empresas sobre a realidade do setor. “Não trabalhamos com subjetividade, mas com dados estatísticos, mostrando a verdade dos fatos e estimulando as melhores práticas”, explica.
A Sou Segura premia anualmene empresas que promovem iniciativas voltadas à equidade. Desse modo, ações como ampliação de licenças maternidade e paternidade e programas de promoção de mulheres. Entretanto, ela alertou para a estagnação na ocupação de cargos de liderança nos últimos três anos. Sobre o futuro, foi categórica: “As mulheres estão liderando o empreendedorismo nascente no Brasil.”
Edna Vasselo Goldoni, presidente e fundadora do IVG, recordou quando ingressou no mercado de seguros, há 35 anos, em um ambiente predominantemente masculino. Atualmente, a prestigiada executiva dedica seu tempo a causas sociais pelo Brasil. Ela é idealizadora dos programas de mentoria ‘Nós por Elas’ e do ‘Semeando Pérolas’. “O que cada um de nós está tendo coragem para mudar o que precisa ser mudado?”, indagou.
Segundo Marcia Ribeiro, diretora da ABGR e mediadora do painel, o tema representa um movimento contínuo de reflexão e ação. “Não dá para pensar em trabalho, negócios e melhoria do mundo se a gente não pensar em todos. Depende da criatividade multifacetada que a mulher tem”, afirmou. Com experiência como risk manager no setor elétrico, ela relembrou a luta para conquistar espaço e voz em um cenário majoritariamente masculino.