FenaSaúde planeja reduzir custos sem perder a qualidade

FenaSaúde planeja reduzir custos sem perder a qualidade
Federação aposta em novos planos para sair da crise e voltar a crescer

A FenaSaúde estuda lançar produtos e reduzir custos sem perder a qualidade dos planos de saúde. Dessa maneira, a agência acredita que o setor vai se recuperar da crise e voltar a crescer rapidamente. As ações incluem oferta de produtos com participação e franquias assim como com abrangência apenas em micro regiões.

“Passamos por várias crises e esta não será a última. Perdemos 3 milhões de beneficiários desde a crise que se seguiu ao governo Dilma. Desde então, a recuperação vinha muito lenta. Não se pode lançar produtos com menos coberturas do que aquelas do rol [de procedimentos de cobertura obrigatória estabelecido pela ANS], cujo escopo vem aumentando ao longo dos anos”, afirmou o presidente da FenaSaúde, João Alceu Amoroso Lima, na abertura do Summit Internacional Americas, promovido pela UnitedHealth Group Brasil, com o tema “Lições da Covid-19”, realizado nesta quinta-feira (23/7).

Como consequência da crise, Amoroso Lima prevê perda de 380 mil beneficiários com cobertura médica e 500 mil com cobertura odontológica, apenas no primeiro semestre deste ano. São pessoas que, sem alternativa, possivelmente pressionarão ainda mais a demanda pelos serviços públicos fornecidos pelo Estado no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Cautela

Nesse contexto, o consumidor também precisa tomar cuidado com uma série de produtos lançados no mercado, mas que não podem ser considerados planos ou seguros de saúde. São verdadeiros “gato por lebre”, na avaliação do presidente da FenaSaúde: oferecem mensalidades baixas, mas não asseguram aos pacientes o acesso à ampla cobertura estabelecida na legislação e pela ANS que só os planos e seguros de saúde garantem.

Para Amoroso Lima, um fato que sempre precisa ser levado em consideração é o papel relevante da saúde suplementar para a sociedade, tanto agora durante a atual pandemia, quanto em tempos de normalidade. “Antes de entrar no mérito sobre se as operadoras estão ganhando ou perdendo, é preciso enfatizar que o setor está em pleno funcionamento, sem rupturas, entregando serviços e saúde de qualidade aos beneficiários. Cumprir os contratos não é mais que nossa obrigação, mas numa crise desta envergadura, não deixa de ser meritório e digno de menção”, disse, durante o painel “Como as operadoras vão se adaptar à perda de vidas conveniadas e downgrade de planos? Quais novos produtos podem e devem ser lançados no mercado? Como o governo e a ANS podem auxiliar?”

A queda

A redução de demanda observada nestes quatro meses de pandemia, explicou o presidente da FenaSaúde, afetou toda a cadeia de prestação de serviços de saúde. No período de março a maio de 2019 comparado a março a maio de 2020, a taxa de sinistralidade das operadoras caiu 10 pontos percentuais, segundo dados recentes da ANS. Mas já se observa reversão deste comportamento. “A tendência é que no curto/médio prazo a sinistralidade volte a 76%. O setor espera para os próximos meses o aumento de procedimentos que ficaram represados”.

Por fim, a ANS tem sido bastante criticada no período atual, e por todos os lados, ressaltou Amoroso Lima. Entre as medidas que o órgão regulador poderia tomar para auxiliar o mercado está a flexibilização dos reajustes de planos individuais. “Se a sociedade quer de volta os produtos individuais, é preciso mudar as regras”, disse o presidente da FenaSaúde.

Partículas Seguro Nova Digital

   PARTICIPE DO GRUPO DE WHATSAPP PARA PROFISSIONAIS DE SEGUROS

Leia, por fim, a oitava edição da revista:




©2024. Seguro Nova Digital, a revista online do mercado de seguros. Todos os direitos reservados.

Primeira revista digital do mercado segurador, a Seguro Nova Digital é o resultado de uma ampla pesquisa, baseada nas transformações do setor e dos consumidores. O veículo surge a partir da necessidade da criação de conteúdos exclusivos no ambiente online. Para atender a demanda de clientes e usuários de todas as idades, os meios eletrônicos dispõem de ferramentas peculiares que estimulam à leitura.

A praticidade diária, a capacidade de interação, o compartilhamento de ideias em pouco tempo e o apreço pelo meio ambiente são componentes que se alinham com as mudanças de hábito do consumidor e com o desenvolvimento do mercado de seguros.

Nosso objetivo é ser um meio efetivo de comunicação, com o público que a empresa deseja atingir. Queremos decidir pautas junto ao cliente, abrir espaço para interação entre corretores, ouvir opinião do consumidor final do produto/serviço, dialogar com os porta vozes das companhias, ser um canal de referência e oxigenação no mercado.

Para isso, além dos tradicionais veículos de comunicação (site, Facebook, Linkedin e Instagram), formaremos grupos de discussão e divulgação por Whatsapp, vídeos entrevistas, sempre enaltecendo à opinião dos corretores. Nossa missão é colocar a sua informação e sua marca no caminho do público-alvo.

Somos profissionais formados na área de comunicação: Jornalismo e Relações Públicas. Assim, por meio de uma análise de quatro anos do setor de seguros, entendemos que fazer um trabalho diversificado, de relevância e com grande expertise para o segmento é essencial àqueles que desejam contribuir para o mercado.