Inteligência Artificial: ameaça ou aliada do corretor de seguros?

Inteligência Artificial: ameaça ou aliada do corretor de seguros?

Líderes de seguradoras destacaram que a IA deve ser aliada do corretor, transformando sua atuação em consultoria estratégica para os clientes

O impacto da Inteligência Artificial (IA) no futuro da corretagem de seguros foi o tema central de um painel durante o Conec 2025. O assunto ganhou destaque porque o setor de seguros vive uma fase de rápidas transformações tecnológicas, em que a digitalização deixou de ser apoio para se tornar parte essencial da estratégia de negócios. O debate aconteceu entre os dias 25 e 27 de setembro, no Distrito Anhembi, em São Paulo.

O painel contou com a participação de Amit Louzon, CEO da Ituran Brasil; Edson Franco, CEO da Zurich Seguros Brasil; Eduard Folch, presidente da Allianz Seguros; Eduardo Borges, vice-presidente do Grupo Autoglass e head da Maxpar Assistências; Fábio Ventura, superintendente comercial Regional RJ/ES da SulAmérica; Marco Antônio Messere Gonçalves, presidente do Conselho Consultivo da MAG Seguros; Rafael Altomare, especialista em Inteligência Artificial; Edson Fecher, 1º tesoureiro do Sincor-SP; e Rogério Freeman, 2º secretário do Sincor-SP.

Em um setor historicamente conservador, os executivos ressaltaram que a inovação não pode mais ser tratada como projeto isolado da área de tecnologia. A transformação digital, afirmaram, precisa permear todas as áreas do negócio, desde a subscrição até o pós-venda, passando pelo atendimento e pela gestão de sinistros.

O especialista em IA, Rafael Altomare, destacou que a tecnologia já é uma realidade no dia a dia do corretor e tende a se intensificar rapidamente. “A experiência inicial com ferramentas como o ChatGPT mostra que quem começa a usar dificilmente volta atrás. Isso impacta diretamente o trabalho do corretor, porque enquanto alguns ainda resistem, outros já estão aproveitando os ganhos da IA em eficiência e personalização. A questão não é se haverá impacto, mas quando e como cada profissional vai adotar essas ferramentas.”

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Na mesma linha, Marco Antônio Gonçalves reforçou que a IA deve ser encarada como parceira do corretor:“A Inteligência Artificial não é contra o corretor, ela caminha com o corretor. O papel da IA é assumir processos repetitivos, como comparações de preços e transações, liberando o corretor para atuar como consultor estratégico do cliente. Quem souber integrar a tecnologia à prospecção, ao relacionamento e à gestão da carteira estará em posição de destaque.”

O conceito de sinergia digital, amplamente discutido no painel, ressalta que tecnologia, dados e experiência humana precisam atuar de forma integrada. Não basta ter sistemas modernos de cotação se o pós-venda ainda é burocrático; os clientes exigem jornadas fluidas e conectadas em todos os pontos de contato.

Para os executivos, o debate não pode ficar restrito às áreas técnicas. A transformação digital envolve liderança, capacitação das equipes e visão estratégica. Mais do que adotar novas ferramentas, trata-se de preparar empresas e profissionais para responder às demandas de clientes cada vez mais digitais, às mudanças trazidas pelas insurtechs e à pressão competitiva das big techs.

O consenso entre os participantes foi claro: o futuro do setor de seguros é digital, e a capacidade de prosperar dependerá de como empresas e profissionais conduzirão essa transição. A IA, combinada à expertise humana, é vista como um caminho inevitável para que o mercado se mantenha relevante e competitivo na nova economia.

 

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