Da esquerda para a direita: Murilo Rabusky, cofundador da Lina; Gustavo Leança, diretor de seguros da Capgemini; Cassio Amaral, cofundador da Guru Spoc; e Rodrigo Mucelin, diretor de estratégia da Brasilprev
Na contramão de outros países, papel do intermediador no “OPIN” brasileiro terá uma relevância ainda maior, defenderam executivos
Em fase de adaptação no Brasil, o Open Insurance gerou uma série de dúvidas quanto à inserção do corretor de seguros nesse processo. No Insurtech Brasil 2024, evento de inovação no mercado segurador, especialistas discutiram o tema no painel ‘Open Insurance: próximos passos e impactos reais no mercado’. O encontro aconteceu nesta quarta-feira, 3, em São Paulo.
Embora o OPIN já esteja na sua terceira fase em território nacional, a indústria ainda divide opiniões sobre o tema, segundo o intermediador do painel Gustavo Leança, porta-voz de seguros da Capgemini. “O mercado está ansioso para ver os resultados”, analisou o especialista. “Uma das grandes expectativas é a figura do SPOC, que traz o corretor para dentro do negócio”, complementou.
Cassio Amaral, cofundador da Guru, a primeira SPOC autorizada pela Susep, contou que a figura do SPOC, seja corretoras ou empresas adjacentes, é essencial para o contexto do Open Insurance no país. Sua função principal é facilitar a interação entre diferentes atores, agregando valor tanto para o consumidor final quanto para o corretor, de acordo com o executivo. “Esta é uma situação na qual o corretor está sendo empoderado pela jornada digital”, avaliou.
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Corretora já nasce digital no Open Insurance
Murilo Rabusky, cofundador da Lina, enxerga o SPOC como uma corretora de seguros que já nasce digital, prestando serviço com gestão e usando a estrutura do Open Insurance, que funciona como uma grande porta simplificada para as empresas. “O corretor ganha muito mais relevância no mercado olhando para o cliente de forma holística”, contou.
Rabusky entende que a SPOC também vai nivelar a tecnologia das corretoras, “tornando esse universo acessível para empresas menores, tendo acesso ao parque tecnológico que opera no mesmo nível de igualdade das companhias maiores”, explicou.
Com o amadurecimento do Open Insurance no Brasil, os produtos têm a obrigação de serem aderentes às necessidades dos consumidores. Foi o que avaliou Rodrigo Mocellin, diretor de estratégia da Brasilprev. “Serão soluções customizadas, com um nível superior ao de hoje”. Ele entende que haverá mudanças no modelo de negócio e na forma em que os clientes são atendidos.