Open Insurance: qual é o impacto na profissão do corretor?

Qual é o impacto que o Open Insurance terá na profissão do corretor?
Em entrevista exclusiva, Luis Cesar, CTO da GTI Solution, explica como o profissional deve atuar no ambiente de mudanças regulatórias

O corretor de seguros convive nos últimos anos com diversas mudanças na legislação do mercado segurador brasileiro. Enquanto a flexibilização do seguro auto passa a valer a partir de 1º de setembro, a primeira fase do Open Insurance está prevista para dezembro deste ano.

Embora o Open Insurance dê maior flexibilidade à contratação de produtos e serviços, especialistas dizem que a função do corretor permanece sendo primordial. É o caso, por exemplo, de Luis Cesar, CTO da GTI Solution, empresa especializada em desenvolver soluções para corretoras e seguradoras. Segundo o executivo, o profissional, além de não ter medo dessas mudanças, deve utilizá-las a seu favor.

Veja a entrevista completa com o especialista:
Seguro Nova Digital – O Open Insurance aos poucos se torna realidade no Brasil, principalmente no que diz respeito a integração de serviços: seguradoras cada vez mais próximas das fintechs. Na sua análise, quais são as consequências dessa mudança para os corretores de seguros?

Luis Cesar – Essa proximidade entre as seguradoras e as fintechs resultaram em diversas soluções para o mercado de seguros, fazendo com que a “insegurança” que anteriormente existia por parte dos corretores, fosse tomada pela aceitação e confiabilidade no trabalho deles. Como os resultados, até o presente momento, foram muito positivos para o corretor, uma nova solução não deixaria de viabilizar o trabalho dele.

Então se ele continuar com o seu trabalho, utilizando as soluções ao seu favor será possível continuar atendendo a toda sua demanda de clientes e, ainda, manter a eficiência do seu negócio.

S.N.D – No seu ponto de vista, qual deve ser o desempenho do corretor dentro de um cenário no qual o Open Insurance está totalmente inserido na cultura do brasileiro?

L.S – O fato da contratação de um seguro estar mais viabilizada, não significa que o papel do corretor acabou. Antes de se chegar à solução ideal para sua necessidade, o cliente ainda procura por mais de uma opção em sua pesquisa. Posteriormente, procura um corretor para esclarecer dúvidas, fazendo com que o contato entre pessoas gere a confiança final necessária para que o cliente contrate aquela solução. Aquele papel de consultoria que o corretor tem na venda de um seguro, é que vai ser o diferencial. Num mundo cada vez mais tecnológico, as pessoas serão o diferencial.

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S.N.D –  O Open Insurance não reduzirá o custo do seguro e pode trazer riscos para o consumidor. Você concorda com essa afirmação?

L.S – O valor não mudou, mas as modalidades de contratação surgem como uma maneira de equiparar este custo. Ou seja, se o cliente não quiser pagar por um seguro mensal, ele terá outras opções que serão mais viáveis para o seu uso. Um exemplo disso é o seguro “liga e desliga”, que o consumidor irá pagar somente pelo tempo de utilização do seguro. Ele varia entre quilometragem ou diárias. Quanto aos riscos, é algo que todos estão sujeitos, independente do setor.

S.N.D – Sendo assim, na sua análise há mesmo riscos para o consumidor? Se sim, quais?

L.S – Os mesmos que podem ocorrer ao fazer uma compra ou contratar qualquer serviço de forma online. Mas, ao mesmo tempo, muito se vem investindo na segurança das informações, maior prova disso é a LGPD. Sem contar os cuidados que todos nós devemos ter para garantir a segurança e a proteção dos nossos dados na internet.

S.N.D – A baixa penetração do mercado segurador na família brasileira é um debate constante e muitas vezes parece ser interminável. Você acredita que o Open Insurance pode diminuir a distância entre o público e os seguros? Por quê?

L.S – Essa solução vem em um momento em que as pessoas estão mais sensibilizadas em ter este tipo de proteção. Ao se depararem com um modelo de contratação facilitada, torna mais fácil a realização de um acordo de compra. Isso acontece justamente pela acessibilidade e redução de burocracias.

Leia, por fim, a 18ª edição da revista:



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