Quinta maior seguradora de automóvel do país estuda modalidade, mas garante que não está nos planos por enquanto
O seguro auto intermitente vem acalorando os debates desse novo mundo de proteções para veículos. Algumas companhias já investem no diferente modelo de seguro auto, o pay per use, mas de maneira tímida. A HDI Seguros, por exemplo, ainda estuda de qual forma deve aplicar essa modalidade, ou até se realmente vai adicionar esse tipo de proteção à sua carteira.
“Temos um time de matemáticos na HDI e, até o momento, ainda não enxergamos como esse modelo de proteção de automóvel pode realmente ser mais barato que o tradicional”, explicou Murilo Riedel, presidente da seguradora, no programa ‘Mesa Redonda do Seguro’, promovido pelo canal do CQCS no Youtube, na última quinta-feira, 30. Além disso, o executivo vê uma implicação muito grande na modalidade ‘liga e desliga’ do pay-per-use. Isso porque,o segurado pode esquecer de ligar sua proteção ao sair de casa ou de desligá-lo depois que voltar.
Outra implicação constatada pelo executivo foi o desapontamento do segurado ao perceber que o seguro intermitente não compensa tanto assim. Riedel esclareceu que o seguro auto tradicional já faz o cálculo, por perfil, de quanto e como o segurado utiliza seu veículo. Desse modo, as companhias precificam o serviço de forma alinhada com o cliente.
“Precificar o seguro pelo momento de exposição pode deixá-lo até mais caro que o tradicional, que já tem um cálculo matemático muito preciso do segurado”, salientou Riedel. Por isso, ele acredita que o consumidor pode se frustrar ao esperar que o seu seguro por minuto traga economia financeira em larga escala. “Talvez o cliente pague mais caro e com menos conforto que uma proteção tradicional ofereça”.
Riedel lembra, ainda, que mesmo estando na garagem, o veículo está exposto ao risco, seja ele de pequena ou de grande proporção. “Não existe período de exposição ao risco. As pessoas devem entender que a modelagem do seguro tradicional de hoje já traduz o quanto seu veículo está exposto”.
Fase de estudos
Embora considere a modalidade pouco acessível neste momento, Riedel reconhece que a HDI estuda a possibilidade de implementar, mas com cautela. “É um produto que está na prateleira para a gente pensar”.
“No passado, quando o cálculo do seguro era mais simplificado, talvez o pay per use fizesse mais sentido”. Entretanto, nós temos um grande compromisso com a simplicidade e com a transparência. Não queremos que o consumidor tenha uma expectativa não entendida e que tenha a percepção de que foi lesado”, finaliza Riedel.
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