Empresa destaca a necessidade crescente por cuidados especializados e alerta: cobertura privada é cada vez mais vital diante do envelhecimento populacional
O avanço da população idosa no Brasil tem transformado a estrutura etária do país e gerado uma reconfiguração urgente nos serviços de saúde. Entre agosto de 2019 e agosto de 2024, o número de beneficiários com 60 anos ou mais em planos de saúde aumentou 16,1%, chegando a mais de 7,6 milhões de pessoas, segundo dados atualizados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Esse crescimento reflete não apenas o aumento da expectativa de vida, que hoje ultrapassa os 74 anos, conforme o IBGE, mas também a necessidade de acesso contínuo e especializado à saúde.
O cenário é ainda mais expressivo entre os brasileiros com 100 anos ou mais: o número de centenários com planos de saúde cresceu 42% no mesmo período, totalizando quase 11 mil pessoas cobertas. Quase um terço dos centenários do país dependem da saúde suplementar para garantir bem-estar e autonomia em uma etapa da vida que exige assistência constante e qualificada.
Para Rogério Moreira, superintendente comercial do Grupo AllCross – maior corretora especializada em seguros e planos de saúde do Brasil –, esses números revelam uma demanda crescente que desafia operadoras, prestadores e corretores a pensarem em soluções específicas para esse público.
“O envelhecimento saudável e digno é um grande triunfo da nossa sociedade, mas é também um dos maiores desafios que enfrentamos. Precisamos assegurar a esses idosos acesso a serviços especializados, ágeis e eficientes”, afirma Moreira.
Com mais de 50 unidades e presença nacional por meio de 14 assessorias regionais, o Grupo AllCross acompanha de perto essa transformação. Segundo a ANS, planos individuais e familiares concentram 31,2% dos contratos com pessoas acima de 60 anos, evidenciando a busca por alternativas que ofereçam mais autonomia e rapidez em diagnósticos e tratamentos.
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“A contratação de planos específicos para idosos se mostra essencial, pois garante acesso rápido a exames complexos, tratamentos domiciliares e terapias que são fundamentais para a manutenção da qualidade de vida e da independência funcional dos idosos”, reforça o executivo da AllCross.
Dados do Panorama da Saúde Suplementar apontam que mais de 51 milhões de brasileiros têm algum tipo de plano de saúde privado, e os gastos com despesas assistenciais ultrapassam os R$ 239 bilhões por ano. Com a pressão crescente sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), a participação do setor suplementar tem sido cada vez mais estratégica, especialmente para a população idosa, que demanda mais consultas especializadas, internações e reabilitações.
O crescimento dessa faixa etária no Brasil não é apenas numérico, mas também qualitativo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que até 2030 o número de idosos em muitos países supere o de crianças de até 14 anos. Desse modo, essa inversão demográfica exigirá uma reestruturação nos serviços de saúde, inclusive na rede suplementar, com foco em prevenção, acompanhamento contínuo e cuidados paliativos.
“A saúde suplementar não é apenas um serviço, mas uma necessidade estratégica em uma sociedade que envelhece rapidamente”, conclui Moreira. “O setor precisa estar preparado para oferecer respostas rápidas, eficazes e humanizadas – não como um diferencial, mas como parte essencial de um sistema de saúde sustentável e inclusivo.”