Prestes a deixar o Sincor-SP, Alexandre Camillo destaca as conquistas durante o período

Prestes a deixar o Sincor-SP, Alexandre Camillo destaca as conquistas durante o período
Combate à proteção veicular e estimulo do “corretor empreendedor” marcaram os sete anos de gestão do presidente do maior sindicato de corretores de seguros do país

“Dia 31 de dezembro quero estourar um champanhe”. É o que pretende o atual líder do maior Sindicato dos Corretores de Seguros do país. O dia marcará a virada do ano e também as últimas horas de Alexandre Camillo como presidente do Sincor-SP.

Enquanto não deixa a cadeira, ele lembra das conquistas durante os sete anos de mandato. Uma delas, logo no início, foi a inclusão dos corretores no Simples Nacional, uma discussão  de muitos anos, mas que vigorou na sua gestão. “Fiz parte desse trabalho, elaborando informações, cálculos e relatórios. Cheguei com o pé quente”, lembra.

Além disso, Camillo destaca também o enfrentamento do Sindicato às associações de proteção veicular, que hoje atuam à margem da lei. Uma das ações promovidas foi o apoio ao desenvolvimento do seguro auto popular. “Talvez hoje esse mercado já estivesse mais consolidado”. Apesar de ter feito barulho inicialmente, essa modalidade de seguro auto perdeu força entre as seguradoras e o debate esfriou entre os corretores.

Quando assumiu em 2014, o gestor revela que se deparou com o caixa do Sincor-SP negativado. Nesse ínterim, o sindicato perdeu duas grandes fontes de renda que somadas agregavam 50% da receita. “Em nenhum momento o Sincor se apequenou”. Hoje, ele garante que financeiramente a entidade é sustentável.

Enquanto a gestão tirava a conta do vermelho, as lutas continuavam. Uma delas foi de manter o associativismo para que as pessoas entendessem que a entidade é uma provedora de soluções e uma parceira de caminhada empresarial. “Em meio a tantas diversidades, eu construí e mantive um ambiente pacificado. Hoje o setor está de mãos dadas no enfrentamento de grandes episódios, como a colocação da comissão na apólice, o entendimento da LGPD e a Resolução 382”, lembra.

Uma das ações que o líder tem mais orgulho foi a de imputar a bandeira de empreendedorismo na categoria, mesmo o corretor sendo pessoa física. Para mudar essa concepção, ele afirma que custou muito trabalho, sobretudo para adequar e inserir os profissionais no mundo novo. “O entendimento foi de que a tecnologia veio para ajudar os corretores. Fizemos de tudo para que os profissionais entrassem nesse universo tecnológico”, explica.

Embora seja adepto às mudanças no mercado, o Sincor-SP posicionou-se severamente contra algumas propostas da atual gestão da Susep em modificar pontos da legislação. “Somos favoráveis ao avanço, mas não da maneira que está sendo feito. Não há diálogo com o setor, e alguns técnicos da autarquia acham que entendem de tudo e desprezam a representação dos seguradores”, enfatiza.

Seu candidato a sucessor

A situação já declarou quem está apoiando: Boris Ber. Camillo justifica que o apoio à eleição do então 1º vice-presidente acontece depois de fazer uma árdua pesquisa, ouvindo mais de 70 especialistas do mercado. Além disso, o líder tem a certeza de que o trabalho deve continuar. “Há décadas já se pleiteia a indicação de Boris. É uma missão árdua e essa cadeira exige muito da pessoa que aqui chega. Para assumir o cargo, esse líder precisa estar em um momento muito equilibrado da sua vida”.

O gestor adianta que seu sucessor, assim que assumir o mandato, terá desafios como manter a coesão entre os agentes do setor, estar atento à reforma tributária que pode desagradar uma parcela da categoria e continuar com o estímulo do corretor empresário. “Mesmo combatendo as associações durante esses anos, a luta continua. É preciso enfrentar esse mercado desregulamentado e criar uma solução que permita a convivência, fazendo essa inserção pelas vias legais. O próximo líder deve se debruçar sobre isso”.

Legados e futuro

“Saio satisfeito e com a consciência tranquila”. Às vésperas de deixar o cargo, Camillo está contente, pois levou seu perfil conciliador para dentro do Sincor-SP. Uma ferramenta que reflete nessa característica foi a criação da CâmaraSIN, programa que auxilia os profissionais de seguros a solucionarem conflitos de maneira consensual, sem precisar recorrer à justiça comum.

Outro marco da sua gestão foi a criação do Sincor Digital, um aplicativo com uma série de funcionalidades para o corretor de seguros. Por ele, o associado consegue gerenciar seu negócio, ter acesso às notícias do setor, visualizar a agenda das próximas atividades e estabelecer uma comunicação mais próxima com o seu sindicato.

Embora seja um importante setor de produção para a economia brasileira, o mercado segurador tem pouca representação no Congresso. No ano que vem, mesmo que o desejo de Camillo seja colaborar com a Fenacor, ele acredita que pode contribuir significativamente para o setor ao assumir um cargo público. “Tenho a intenção e estou motivado para isso, mas estou ciente de que é difícil devido ao apoio partidário”.

Mesmo que não seja eleito ou que nem se candidate, a certeza é de que o atual líder do Sincor-SP permanecerá tendo participação ativa no mercado segurador.

Matéria publicada originalmente na 18ª edição da revista

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Leia, por fim, a 18ª edição da revista:



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