Fundada por um corretor de seguros, empresa projeta atender duas mil corretoras nos próximos cinco anos; plano ambicioso tem como base um mantra: o encantamento de clientes
Há seis anos, o corretor de seguros Daniel Bortoletto fundou sua primeira empresa que não tinha a corretagem como sua atividade final. A vasta experiência adquirida no ramo o posicionou, a partir da criação da Regula Sinistros, não mais como concorrente dos corretores, mas sim um parceiro deles. Os propósitos sempre foram claros: gerenciar os sinistros das corretoras, encantar seus clientes e liberar sua agenda para fazer novos negócios.
Na sua avaliação, o corretor perde tempo quando chama um guincho ou pede um carro reserva, por exemplo. “Isso é improdutivo para o profissional. Vender seguros e relacionar-se com o cliente é a especialidade dele. Por isso, a Regula Sinistros cuida da parte burocrática, enquanto o corretor faz negócios”, resume Bortoletto, que também é CEO da empresa.
O executivo avalia que os seis anos do projeto pioneiro no mercado nacional provaram a efetividade de terceirizar a área de sinistro das corretoras de forma humana. “As empresas perdem a oportunidade de estreitar o relacionamento durante o sinistro, o momento mais delicado do segurado. Por isso, o que me motiva e me faz levantar da cama todos os dias é o encantamento de pessoas”.
Além de ser um projeto pioneiro, Bortoletto acredita que ao seu favor está a experiência de ter sido colega de profissão dos corretores. “O fato de eu ter sido corretor é o que me difere. Eu sei o desafio de conquistar e de perder um cliente”, afirma.
Após seis anos, a Regula passa por um período de reestruturação operacional e de planejamento de novas metas. Nos próximos cinco, o projeto é de atender mais duas mil corretoras entre pequenas, médias e grandes empresas. “Nossa meta para 2024 é terceirizar a partir do pacote básico e investir em marketing e na equipe comercial”, revela o CEO.
Mar azul à vista
A Regula projeta crescer na casa dos 60% no próximo ano. Uma das razões para essa expectativa é a chegada de Rodrigo Indiani, profissional do setor de crédito que acreditou no projeto de desenvolvimento da empresa. “Conheço a capacidade do Daniel e a sua trajetória vitoriosa. É um plano de negócios coerente, vindo de uma empresa já estabelecida. Essa estrutura está toda montada para o corretor”, ressalta Indiani.
Para atingir a meta, além de distribuir o serviço para as corretoras, a empresa também vai focar em conquistar as seguradoras, cooperativas de crédito e bancos privados. Nesses canais, o diretor comercial Donizetti Ferreira, experiente executivo do mercado de seguros, é o responsável em fazer novos negócios.
A chegada de Vivian Pineda como gerente operacional também será uma mola propulsora para os planos da empresa, principalmente com o consequente aumento do número de colaboradores no próximo ano. “Sou responsável por manter a equipe coesa e a máquina rodando. Entro para participar dessa reestruturação da Regula”, explica a executiva.
Por fim, a Regula conta com o avanço da Lei do SAC, que vai impactar no atendimento de todas as empresas que prestam serviço ao consumidor. “Agora, as empresas são obrigadas a oferecer um serviço de atendimento 24h, com no mínimo dois canais diferentes e um atendimento humano”, explica Bortoletto. O executivo entende que esse será um fator importante para o crescimento da empresa, já que as companhias vão precisar se regularizar e ter um atendimento mais eficiente.