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Construindo raízes
Todas as profissões regulamentadas hoje precisaram de seus expoentes um dia para abrir o caminho e servir de peça fundamental no crescimento da categoria. A batalha pelo reconhecimento do corretor de seguros como profissão legítima perante a lei começou em 1956 com Cristóvão de Moura. O gaúcho de São Jerônimo foi fundamental na luta no Congresso Nacional pela regulamentação da classe, que aconteceu em 1964.
Cristóvão nos deixou em junho deste ano quando estava prestes a completar seu 104º aniversário. Corretor número 1 da Susep, o profissional presenciou a evolução da categoria que ele ajudou a construir. Mesmo depois de criar raízes na sociedade, a profissão de corretor passa por um período complexo. Há dois anos, por exemplo, o Governo Federal criou a MP 905/2019, responsável por extinguir a exigência de registro profissional dos corretores de seguros.
Após a articulação dos líderes da classe no Congresso, a MP caiu, deixando algumas dúvidas entre os profissionais mesmo diante da vitória. O motivo da desconfiança é decorrente, também, das mudanças dos modelos de venda de seguros no Brasil, ocasionadas principalmente pela facilidade na contratação dos serviços pela internet, de forma direta.
É fato que a nova geração de consumidores anseia pela velocidade na contratação de produtos e serviços. Porém, é importante lembrar que esse público está mais exigente e, para isso, precisa do corretor durante toda sua experiência com o seguro.
Esta edição, do mês do corretor, reforça ainda mais a importância dos profissionais protagonizarem o desenvolvimento da indústria brasileira de seguros. O mercado cresce anualmente a dois dígitos muito por conta da presença cada vez maior dos corretores na vida das famílias brasileiras. Respeitar essa profissão é respeitar as milhares de vidas que sentirão os efeitos do atendimento consultivo e adequado aos seus interesses.
Uma saudação ao corretor Cristóvão de Moura!